CTB participa de debate sobre desigualdades e luta feminista no mundo do trabalho em Santiago de Compostela

Foto: divulgação.

Na última sexta-feira (27), Santiago de Compostela foi palco de um importante Seminário Internacional organizado pela CIG (Confederación Intersindical Galega), em parceria com o Secretariado de Mulheres da Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa (CSPLP). O evento, intitulado “Implementação da Igualdade através da Negociação Coletiva e no Contexto Global”, reuniu mulheres sindicalistas de países lusófonos, incluindo Galiza, Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste.

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve presente e foi representada pela Secretária da Mulher Trabalhadora, Celina A. Áreas. Em seu relato sobre o evento, Celina destacou a importância do encontro: “Participei do encontro da CSPLP na Espanha, onde estivemos eu, a Edna da UGT e a Maria Auxiliadora da Força Sindical. Fizemos um documento sobre a situação das mulheres e aprovamos um manifesto que será lançado mundialmente. Foi um encontro muito importante.”

Desigualdades de gênero no mercado de trabalho

Durante o seminário, Nicolasa Castro, secretária confederal de Mulheres da CIG, apresentou uma análise do mundo laboral das mulheres, enfatizando que elas ainda ocupam majoritariamente postos de trabalho precários e enfrentam disparidades salariais significativas. Castro ressaltou que muitas mulheres possuem contratos a tempo parcial e temporários e, além disso, continuam a arcar com a maior parte das responsabilidades de cuidado, muitas vezes em detrimento de suas carreiras profissionais.

Castro também abordou as propostas da CIG para combater as desigualdades e a violência machista nos locais de trabalho. Ela criticou a forma como muitas empresas tratam a negociação dos planos de igualdade, reduzindo-os a meras formalidades legais, ao invés de reconhecê-los como ferramentas essenciais para identificar e corrigir discriminações persistentes. “A luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras deve estar na linha de frente, assim como a defesa de qualquer outro direito que afete a classe trabalhadora como um todo”, concluiu.

Unidade na luta

O seminário foi seguido por um intenso debate, onde as participantes concordaram sobre a persistência das desigualdades em todos os âmbitos e a necessidade urgente de união entre as mulheres para a defesa de seus direitos. As vozes de diferentes países reforçaram a ideia de que a luta pela igualdade de gênero no mundo do trabalho é uma questão coletiva que transcende fronteiras.

Este encontro em Santiago de Compostela destaca não apenas os desafios enfrentados por mulheres trabalhadoras na lusofonia, mas também a importância da solidariedade e da ação conjunta para promover mudanças significativas em suas realidades.

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