Por: Alex Custódio.
Você já ouvir falar em assédio sexual e assédio moral. Mas há um outro tipo de assédio que é comum em ano de eleições. Isso acontece quando seu chefe ou superior tenta obrigá-lo a votar em algum candidato ou em algum partido. Ou quando ele tenta incluí-lo em alguma atividade de campanha.
Nas fábricas de Betim e Região, esse crime – chamado de assédio eleitoral – é cada vez mais comum. O constrangimento pode ocorrer de várias formas. Seu chefe pode oferecer um brinde, um prêmio, uma remuneração extra – ou, pior, ameaçá-lo de demissão. Tudo para você aderir a uma candidatura ou deixar de votar em outra.
Como 2024 é ano de disputa às prefeituras e às câmaras de vereadores, o assédio eleitoral está de volta. Empresas já começam a levar candidatos ao local de trabalho e constrangem os funcionários a declarar apoio. Muitas vezes, tiram fotos ou gravam vídeos sem a autorização do trabalhador. Nada disso é permitido.
A legislação protege os trabalhadores, que podem receber indenização por danos morais e até pedir a rescisão indireta do contrato de trabalho por justa causa. A empresa, além disso, tem de se comprometer a encerrar essa prática e pode ser multada.
Para combater o assédio eleitoral e fortalecer a democracia, o movimento sindical se uniu ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e criou um aplicativo. É um canal de denúncia, que está disponível na internet, em centraissindicais.org.br/ae. Por esse canal, você pode denunciar a empresa de forma anônima e encaminhar provas. Sua identidade será preservada.
Se os patrões não dão o exemplo, os trabalhadores tomaram a iniciativa. Denuncie o assédio eleitoral e valorize seu direito ao voto livre! Em outubro, vote conscientemente.
Informações: Metalúrgicos-BETIM/MG.