Nesta segunda-feira (12), os trabalhadores e trabalhadoras da Celesc de todo o estado entraram em greve por tempo indeterminado. A proposta apresentada pela diretoria da empresa, que rebaixa a PLR da categoria, foi debatida e rejeitada pela ampla maioria dos trabalhadores em assembleia nesta manhã.
Os trabalhadores também denunciam a postura negligente da diretoria, tanto na negociação de direitos quanto na gestão da empresa. A diretoria vem precarizando as condições de trabalho, não recompondo o quadro de pessoal e aumentando a terceirização, o que afeta diretamente o serviço prestado à população, bem como implementou um sistema comercial que traz transtornos aos trabalhadores, submetendo-os a situações inseguras, tanto físicas quanto mentais.
O diretor da CTB-SC, Gherly Ranzan, que acompanhou o movimento em Chapecó, afirma que o enredo vivenciado pelos trabalhadores da Celesc é o mesmo vividos pelos trabalhadores da Casan meses atrás. “O governador Jorginho e sua trupe (que está nas direções da Casan, Celesc e SC Gás) mais uma vez, agora com os companheiros da Celesc, mostram sua face mais perversa, buscando dividir a categoria, privilegiando algumas castas. Jogam na divisão dos trabalhadores pra pavimentar o caminho das privatizações”.
Alessandro Pickcius, diretor da CTB, lembrou na assembleia realizada em Florianópolis sobre a Campanha Nacional da CTB por eleições diretas nos Tribunais de Contas Estaduais. “É esse Tribunal que fiscaliza a Celesc e demais gestores públicos no Estado e nos municípios catarinenses, por isso a importância de elegermos conselheiros e conselheiras, para evitar as privatizações de empresas estatais”.
A CTB segue com os trabalhadores da Celesc, com o Sinergia e a Intercel, nessa luta por nenhum direito a menos e melhores condições de trabalho.