Com a cumplicidade dos Estados Unidos, o líder da extrema direita e primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete incendiar o Oriente Médio ao mesmo tempo em que prossegue com a sinistra agenda genocida na Faixa de Gaza, onde já assassinou cerca de 40 mil palestinos, dos quais cerca de 70% são mulheres e crianças.
O governo sionista, que sem exagero pode ser considerado neonazista, promoveu ataques terroristas em Teerã, capital do Irã, matando Ismail Haniyeh, um dos líderes do Hamas, na quarta-feira (31), em Beirute, no Líbano, na terça (30), para assassinar Muhsin Shukr, um dos chefes do grupo Hezbollah.
Numa outra provocação, em abril, bombardeou o consulado do Irã em Damasco, na Síria, matando 16 pessoas, entre elas o comandante iraniano Mohammad Zahedi.
Esses atentados, que fazem de Israel um Estado terrorista à margem do Direito Internacional, exacerbaram as contradições na região e tendem a provocar uma ampliação do conflito, envolvendo de forma mais vigorosa a participação do Irã e do Líbano na guerra contra os sionistas.
O líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, “emitiu uma ordem para que o Irã ataque Israel diretamente, em retaliação ao assassinato em Teerã do líder político do Hamas”, informou o New York Times, citando três autoridades iranianas, duas das quais são da Guarda Revolucionária.
O dirigente do Hamas assassinado pelos sionistas participava das negociações para um cessar fogo na Faixa de Gaza, o que levou a uma forte condenação do crime pelo primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahman al Thani, que inclusive questionou a continuidade da mediação.
“Os assassinatos políticos e o fato de que os civis continuam no alvo em Gaza nos levam a perguntar como uma mediação pode ter sucesso quando um lado assassina o negociador do outro lado. A paz exige interlocutores sérios”, escreveu na rede social X.
Em comunicado distribuído à mídia, o Ministério das Relações Exteriores do país considerou que o ato terrorista constitui “uma violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário”.
O governo sul-africano transmitiu condolências à família do líder do Hamas Ismail Haniyeh e pediu uma investigação sobre seu assassinato . O presidente da Indonésia, Joko Widodo, chamou o assassinato de “intolerável”.
Milhares de enlutados participaram do funeral de Haniyeh em Teerã . Os procedimentos do funeral foram liderados pelo Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei.
Os países do Conselho de Segurança da ONU pediram esforços diplomáticos intensificados para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio. Reiterando sua cumplicidade com Israel, os EUA vetaram uma resolução proposta pela Rússia condenando o crime terrorista praticado pelo governo sionista sediado em Tel Aviv.
A guerra é o meio que o neonazista Netanyahu, com o governo atolado num mar de corrupção e arbítrio, encontrou para se manter no poder e escapar da prisão.
Mas, o fato é que ele só prossegue com sua agenda genocida porque têm o respaldo e apoio dos imperialistas de Washington, de forma que a Casa Branca também devia ser responsabilizada pelos atentados terroristas e crimes pavorosos que estão em curso na Faixa de Gaza e outras regiões do Oriente Médio.
Os fatos mostram o real caráter da ordem mundial liderada pelos EUA, que está em decomposição e deve ser substituída por outro arranjo geopolítico antes que sobrevenha a barbárie global.