Desde o último dia 27, os trabalhadores e as trabalhadoras cariocas e fluminenses viram encarecer ainda mais o transporte público para circular pela zona sul da cidade. A integração Metrô na Superfície foi extinta e deu lugar a um modelo de integração que atende a menos pessoas. Agora, os passageiros só têm o direito a integração caso estejam nas estações Botafogo ou Antero de Quental/Leblon, ignorando todas as paradas do caminho e seus respectivos usuários.
Com o fim do “Metrô na Superfície”, os passageiros que não estiverem nas estações terminais terão disponívei para si seis linhas municipais de ônibus, cm as tarifas já conhecidas que, sem a integração, serão um peso a mais no orçamento do trabalhador e da trabalhadora carioca.
“A prefeitura do Rio toma decisões a revelia do mundo real. Os interesses de corporações ligadas às empresas de transportes são as que ditam as regras. Essa mudança está sendo criticada por muitos segmentos organizados da sociedade, de passageiros, de usuários do sistema de metro de superfície que já está integrado a realidade do Rio. A CTB lamenta a decisão do prefeito e reivindica que o sistema seja restabelecido em benefício dos usuários.” — Criticou o presidente da CTB-RJ, Paulo Sérgio Farias.
Ao invés de avançar no sentido da tarifa zero e de mais integração entre os transportes, o que a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Metrô-Rio promovem é a retirada de direito e o aumento dos gastos da população pelo direito de circular pela cidade.
No primeiro dia útil de operação das linhas municipais de ônibus que substituíram o ‘Metrô da Superfície’, que fazia o trajeto entre Botafogo e Gávea, na Zona Sul do Rio, passageiros reclamam da falta de informações, longas filas e baixa quantidade de ônibus e falta de refrigeração.
A Rede Bandeirantes de Televisão testou o serviço nesta terça-feira e constatou o aumento no tempo de viagem e ônibus sem ar condicionado, num serviço lotado, mais lento e com a já conhecida má conservação do transporte público rodoviário carioca.
Informações: CTB-RJ.