Diretamente de Caracas, onde acompanhou a eleição presidencial ao lado de centenas de outros observadores internacionais, o presidente da CTB declarou que a Venezuela enfrenta uma guerra híbrida promovida pelos EUA contra o povo e o governo do país, que defende a construção de uma sociedade socialista, “o socialismo do século 21”, posição que o imperialismo não tolera.
A guerra híbrida se caracteriza por um conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de desestabilizar o governo e subverter a situação política, incluindo sanções econômicas, ataques terroristas e tentativas de golpe, como aquele que foi perpetrado contra Hugo Chávez em 2002.
Entre os sinais desta guerra, o sindicalista citou os ataques hackers contra o sistema de apuração conduzido pelo Conselho Nacional Eleitoral.
“Em breve, o Conselho Nacional Eleitoral deve divulgar o resultado final das eleições”, informou. “Estamos aqui na sede do CNE em Caracas aguardando. Ocorreram muitos problemas com ataques hackers, que contribuíram para o atraso da divulgação do resultado final. O império não brinca! Promove uma guerra híbrida, bloqueio, 900 sanções, ataques terroristas, tentativas de golpes, ameaças de mortes ao presidente, não é fácil para um povo e uma nação defender o Socialismo do Século 21”.
O presidente da CTB saudou a resiliência e resistência dos líderes e da militância chavista. “Viva o heroico povo venezuelano. Viva Bolívar! Viva Chávez! Viva Maduro! Vivas!”, exclamou.
CNE problema o resultado
Após a publicação deste texto, por volta das 14 horas (horário de Brasília), o Conselho Nacional Eleitoral proclamou oficialmente a vitória de Nicolás Maduro.
De acordo com o CNE, 59% dos eleitores participaram da votação – 13 pontos acima dos 46% registrados em 2018, quando Maduro conquistou seu segundo mandato em um pleito marcado por denúncias de fraude, boicote da oposição e alta abstenção.
“Nas próximas horas estarão disponíveis na página do Conselho Nacional Eleitoral os resultados mesa por mesa, tal como historicamente temos feito graças ao sistema automatizado de votação. Igualmente, se entregará às organizações com fins políticos os resultados em um CD, conforme a lei”, afirmou o CNE.
Presente na sede do CNE, junto com observadores internacionais e líderes chavistas, o presidente reeleito da Venezuela afirmou, em discurso, que o sistema eleitoral venezuelano sofreu “ataque hacker massivo”: “Já sabemos de que país ele veio”, declarou, numa alusão velada aos EUA.