Adilson Araújo, presidente Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), está na Venezuela a convite do governo local para acompanhar as eleições presidenciais de 2024 como observador internacional. Ele se junta a 880 delegados de 107 países e mais de 600 representantes de movimentos sindicais e sociais, parlamentares e órgãos públicos que, como ele, estão imersos no processo eleitoral que se aproxima. Com a campanha eleitoral encerrada na quinta-feira, 25 de julho, com o comício de Nicolás Maduro, tanto o governo quanto a oposição mobilizaram atividades em Caracas, preparando-se para o pleito agendado para o próximo domingo, 28 de julho. Já nesta sexta-feira (26), Adilson participou do Encontro dos Acompanhantes Internacionais.
Comício de encerramento
Em um discurso de duas horas, o atual presidente Nicolás Maduro expressou sua expectativa pelo anúncio de sua vitória pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). “Domingo se decide o futuro da Venezuela para os próximos 50 anos. Paz ou guerra? Fascismo ou democracia popular? Ou haverá paz, ou intranquilidade. Vamos dar uma surra para que eles não se levantem mais”, afirmou Maduro.
No final da tarde da quinta-feira (25), todos os observadores internacionais tiveram a oportunidade de assistir ao comício de encerramento da campanha de Nicolás Maduro. O evento, realizado em Caracas, reuniu mais de um milhão de pessoas e combinou um “showmício” com um discurso do presidente-candidato. Adilson Araújo destacou a energia e a empatia do evento, mencionando a importância do resgate histórico da luta de Simón Bolívar e o legado de Hugo Chávez.
“O presidente foi enfático em fazer todo o resgate histórico da luta de Simón Bolívar e do legado de Hugo Chávez e da sua continuidade à frente do governo bolivariano, que vem promovendo transformações importantes. As perspectivas são boas, sinalizam para o crescimento econômico prolongado. A Venezuela deve ter um crescimento de 5% esse ano e será feito todo o esforço para que se permaneça a estabilidade inflacionária e a realização de mais investimentos nos programas sociais. O programa do Governo vem correspondendo na medida que tem assumido com afinidade o compromisso com a luta e resistência do povo, sobretudo daqueles que mais necessitam. O presidente, confronta as investidas do imperialismo norte-americano que patrocina golpes de estado e promove um bloqueio sangrento que tenta a todo instante, ferir a perspectiva socialista de morte. Todavia, há uma aliança popular muito forte, sobretudo com as camadas mais pobres, mais necessitadas. É visível o clamor do povo vocacionado a defender o ciclo bolivariano, iniciado por Chávez em 1998. Fico com a impressão de que toda a motivação, a grande mobilização, a campanha nas ruas, foi vista como um elemento de grande convencimento e deve sinalizar para que o presidente Nicolás Maduro consagre no domingo, dia 28, que é também a data em que celebra o 70º aniversário pós-morte de Hugo Chávez, uma grande vitória do popular. Acreditamos portanto, que no domingo, Nicolás Maduro será consagrado Presidente da República Bolivariana da Venezuela”, afirmou Adilson Araújo.
Análise do sistema eleitoral venezuelano
A quinta-feira (25) também foi marcada por uma apresentação do sistema eleitoral venezuelano no Teatro Simón Bolívar. Adilson Araújo ressaltou as garantias de participação do eleitor e a infraestrutura do sistema de checagem e auditagem, que inclui inspetores técnicos de todos os partidos e candidatos. “Ao final da tarde todos os convidados internacionais, observadores das eleições presidenciais de 2024, tiveram a oportunidade de participar e acompanhar in loco o comício de encerramento de campanha do presidente Nicolás Maduro. O comício em Caracas reuniu mais de 1.000.000 de pessoas e o evento transmitiu muita energia. É um misto de ‘showmício’ com discurso proferido pelo presidente, candidato à reeleição, mas com grande empatia. O presidente foi enfático em fazer todo o resgate histórico da luta de Simón Bolívar e do legado de Hugo Chávez e da sua continuidade à frente do governo bolivariano, que vem promovendo transformações importantes. As perspectivas são boas, sinalizam para um ciclo de crescimento econômico prolongado. A Venezuela deve ter um crescimento de 5% esse ano e todo o esforço para que se permaneça a estabilidade inflacionária e ampliação dos programas sociais, eles são necessários. O programa de governo vem correspondendo na medida em que o governo tem assumido com afinidade o compromisso com a luta e resistência do povo, sobretudo daqueles que mais necessitam. O presidente confronta as investidas do imperialismo norte-americano que patrocina golpes de estado e promove um bloqueio sangrento que tenta a todo instante ferir a perspectiva socialista de morte. Todavia, há uma aliança popular muito forte, sobretudo com as camadas mais pobres, mais necessitadas. Há um clamor importante do povo que segue vocacionado a defender o ciclo bolivariano, iniciado por Chávez em 1998. Fico com a impressão de que toda a motivação, a grande mobilização, a campanha nas ruas serviram como um elemento catalizador e de grande convencimento do eleitorado. Tudo sinalizar para que o presidente Nicolás Maduro consagre no domingo, dia 28, que é também é data em que celebra o 70º aniversário pós-morte de Hugo Chávez, uma grande vitória do campo popular. Estamos confiantes que no domingo, Nicolás Maduro será consagrado Presidente da República Bolivariana da Venezuela”, afirmou Adilson Araújo.
1º Vice-presidente do PSUV comenta sobre processo eleitoral
Diosdado Cabello, 1° Vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), também abordou a situação, afirmando que as eleições ocorrerão sem problemas em todo o país. “Certifico a todos que as eleições acontecem em todo o país, sem nenhum problema. Todavia, segmentos da ultradireita tentam questionar, a todo custo, o processo eleitoral. Por isso, destaca a importância da participação dos observadores e acompanhantes internacionais nesse processo eleitoral”, afirmou Cabello.
Encontro dos Acompanhantes Internacionais das Eleições Presidenciais de 2024
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, também participou do Encontro dos Acompanhantes Internacionais das Eleições Presidenciais de 2024 e falou sobre sobre a importância das eleições presidenciais na Venezuela, enfatizando que elas representam uma resistência à política intervencionista dos Estados Unidos e ao extremismo. Ela defendeu a soberania da Venezuela, afirmando que o país e seu povo não aceitarão ingerências externas.
“Essas eleições serão um grande rechaço à política intervencionista do imperialismo norte-americano. O extremismo e o fascismo impõem a força de sua ditadura. Não admitiremos ingerências; há que se respeitar a Venezuela, a sua Constituição e o seu povo (…) O povo venezuelano não aceitará as imposições do império. Nesta campanha, o presidente Maduro visitou mais de 200 cidades; é visível a emoção do povo com a construção e os resultados que o país vem colhendo. O mundo precisa conhecer o que significa uma democracia inclusiva e participativa. O povo conhece os males que são o bloqueio, as tentativas de golpes e os ataques aos direitos sociais. A Venezuela está com a inflação controlada e os indicadores econômicos estão melhorando; por isso, precisamos continuar lutando contra o fascismo e a extrema direita. A mídia faz propaganda no mundo dizendo que não aceitarão o resultado. Dizem que as eleições estão fraudadas; tudo isso não passa de uma grande mentira. Temos consciência de que estamos fazendo o certo. A direita raivosa não tem votos e forja um discurso falso antes do resultado. Vamos defender a paz, a democracia e os direitos do nosso povo. Não vamos aceitar esse discurso falso e patético. Vamos seguir lutando para barrar o bloqueio criminoso e impulsionar as mudanças no caminho do desenvolvimento e das transformações que a Venezuela tanto precisa. No dia 28, vamos consagrar a vitória do povo com a eleição de Maduro como presidente”, declarou a vice-presidente Delcy Rodríguez.
No último bloco da tarde desta sexta-feira (26), o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez Gomes, que também coordena a campanha “Nossa Venezuela”, afirmou que os setores da extrema direita promovem uma campanha de mentiras e já declararam fraude antes mesmo das eleições. Ele destacou que essa estratégia é um método utilizado para incitar o terrorismo. Rodríguez expressou confiança de que,x no dia 28, o presidente Maduro será reeleito por uma ampla maioria.