Presidente da CTB viajou a Caracas a convite do PSUV e CSBT para acompanhar eleição presidencial

Foto: O presidente da CTB ao lado do presidente do Banco Central da Venezuela, Calixto Ortega Sánchez

O presidente da CTB, Adilson Araújo, está em Caracas, onde participa nesta quarta-feira (24) do seminário “Alternativa Social Mundial de Bolívar a Chávez”, que está sendo realizado no teatro Simon Bolivar, localizado no centro da capital venezuelana. Ele viajou a convite do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e do sindicalista Jacobo Torres de León, Secretário de Relações Internacionais da Central Socialista dos Trabalhadores Bolivarianos (CSBT), para acompanhar a eleição presidencial naquele país, convocada para o próximo domingo (28).

“É um pleito fundamental para o destino da Venezuela e da América Latina”, comentou Araújo, acrescentando que a característica central da disputa, a exemplo do que ocorre em outros países da região, é a polarização entre as forças progressistas e e os arautos do neoliberalismo, que segundo o presidente Nicolás Maduro pretendem “converter a Venezuela na Argentina de Milei”.

Revolução bolivariana

Em comício de campanha realizado na tarde de segunda-feira (22), em San Cristóbal, noroeste da Venezuela. Maduro assegurou que serão realizadas eleições limpas no domingo. Convicto de que será consagrado novamente nas urnas, disse que a oposição terá de respeitar o resultado.

“Não quero ver show, nem choradeira”, salientou o mandatário venezuelano, que criticou o programa da oposição, que propõe a privatização de serviços públicos como a educação.

“Para nós da CTB, representante do sindicalismo classista brasileiro, trabalhar nesses dias que antecedem as eleições será de fundamental importância para observância do processo eleitoral, bem como melhor compreensão e interação com o ciclo de lutas e resistência inaugurado com a revolução bolivariana liderada pelo presidente Hugo Chávez em 1988 e continuado por Nicolás Maduro”, declarou o presidente da CTB.

Oposição quer privatizar educação

A Campanha eleitoral segue na Venezuela ressaltando “com Maduro, mais câmbios e mais transformações”, ao mesmo tempo que denuncia a extrema direita e sua aliança com o imperialismo liderado pelos EUA, que impõe há décadas um criminoso bloqueio a Cuba e impôs sanções contra a Venezuela, prejudicando o povo.

O noticiário local registra que o povo mostra um crescente entusiasmo com as eleições enquanto Maduro intensifica o corpo a corpo em busca de votos e mais apoio, informou o sindicalista brasileiro.

Nos últimos dias de campanha Maduro vem denunciando a censura dos meios de comunicação que omitem as verdades sobre a Venezuela. O país apresenta baixos índices de inflação e sinaliza melhoria na Economia, que deve crescer 5% neste ano segundo previsões oficiais.

O 1° painel do Seminário Alternativa Social Mundial de Bolívar a Chávez, sobre “A luta pela paz mundial”, foi aberto com uma palestra da ex-deputada federal do PCdoB e dirigente do Cebrapaz, Socorro Gomes, que denunciou o genocídio na Faixa de Gaza, defendeu o imediato cessar fogo e o reconhecimento do Estado da Palestina.

O 2° painel, sobre “A situação econômica”, aborda o direito ao desenvolvimento das nações como uma questão fundamental, ressaltando que tentar impedir a Venezuela ou qualquer outro país de avançar no seu desenvolvimento sustentável é uma forma de intervenção. O bloqueio econômico foi definido como um atentado à autodeterminação dos povos.

 

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