Oito engenheiros, ex-funcionários da SpaceX, apresentaram uma ação judicial contra a empresa e seu dono, Elon Musk, nesta quarta-feira (12). A ação, movida em Los Angeles, acusa o bilionário de promover uma cultura de trabalho abusiva e sexista na companhia aeroespacial.
Os profissionais, quatro mulheres e quatro homens, foram demitidos após divulgarem uma carta aberta expressando suas preocupações e pedindo ao conselho de administração da SpaceX que se distanciasse do empresário. A carta o criticava por dirigir a empresa com uma mentalidade de “Idade Média”, tratando mulheres como objetos sexuais e criando um ambiente de trabalho hostil.
De acordo com o UOL, a queixa civil acusa Musk e a SpaceX de assédio sexual, discriminação, represálias e demissão injustificada. “Elon Musk proclama aos quatro ventos que a SpaceX é a líder de um novo e corajoso mundo de viagens espaciais”, diz o documento.
“Mas ele dirige sua empresa na Idade Média – tratando as mulheres como objetos sexuais avaliadas pelo tamanho do sutiã, bombardeando o local de trabalho com piadas sexuais obscenas e respondendo àqueles que desafiam esse ambiente […] que, se não gostarem, podem procurar outro emprego”, completa a carta.
Laurie Burgess, advogada dos engenheiros, declarou: “Musk acredita que está acima da lei. Estamos ansiosos para que Musk preste contas de seus atos no julgamento”. A ação judicial menciona que a SpaceX criou um ambiente de trabalho hostil, onde piadas sobre assédio sexual eram comuns, as mulheres ganhavam menos que os homens e os trabalhadores que reclamavam eram demitidos.
Os engenheiros demitidos também apresentaram uma queixa à Junta Nacional de Relações do Trabalho dos Estados Unidos. No entanto, essa queixa foi paralisada por uma ação judicial de Musk, que busca interrompê-la. A Tesla, outra empresa do bilionário, também enfrentou acusações similares de racismo e assédio sexual em sua sede na Califórnia.
Fonte: DCM