Na tarde desta terça-feira (11), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em parceria com o jornal Hora do Povo realizou o seminário “Nova Política Industrial a Serviço do Desenvolvimento do Brasil”. O evento, que reuniu representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), buscou debater os desafios de uma Nova Política Industrial a serviço de uma estratégia nacional de desenvolvimento, que se trata da Nova Industria Brasil (NIB), programa lançado pelo Governo Federal.
Durante a abertura do evento, Adilson Araújo, presidente da CTB, expressou gratidão pela parceria e ressaltou a importância da discussão sobre a Nova Indústria Brasil. Destacou a CTB como a segunda maior central sindical do país, fundamental para o debate sobre o desenvolvimento industrial. Araújo deu boas-vindas aos participantes presenciais e remotos, destacando a representatividade da CTB, com mais de 1420 sindicatos filiados. Enfatizou a necessidade de um novo projeto nacional de desenvolvimento, visando tornar o Brasil mais competitivo no século 21, com investimentos, redução de juros e reindustrialização. Apontou desafios como a crise global, a quebra da hegemonia dos EUA e a importância de setores como saúde e energia. Concluiu afirmando que o Brasil pode se tornar uma nação mais justa e igualitária
Arthur Bueno de Camargo, presidente licenciado da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação, também participou do evento e destacou a importância da discussão sobre a reindustrialização. Ele ressaltou que o tema é fundamental para mostrar que a indústria pode dar uma grande contribuição, mas que é necessário ter um espaço e uma via de dois lados para resolver os problemas das indústrias e dos trabalhadores. “Participei desse grande evento convocado pelo Adilson e é de suma importância essa discussão que fizemos hoje com a participação da CNI, para a retomada da reindustrialização. Esse debate é fundamental para que possamos mostrar para o setor industrial que podemos dar uma grande contribuição, mas para isso precisamos de espaço e uma via de dois lados, não podemos só querer resolver os problemas das indústrias sem olhar os problemas enfrentados pelos trabalhadores da indústria. Esse documento que nós fizemos é fundamental para que possamos dar o primeiro passo e apresentar uma proposta de retomada da reindustrialização e acredito que o governo também tenha que fazer parte dessa discussão”, disse Arthur Bueno de Camargo.
Assis Melo, presidente da FitMetal, também participou do evento e destacou a importância do tema da reindustrialização para o desenvolvimento do país. Ele ressaltou que o tema é fundamental para discutir trabalho e emprego de qualidade e que a Nova Industria Brasil é um projeto de nação, de independência e soberania. “O tema da reindustrialização do nosso país é um projeto soberano de desenvolvimento e discutir isso, vem atrelado a discutir trabalho e emprego de qualidade, então esse tema da Nova Industria Brasil é um projeto de nação, de independência e soberania. Pensar indústria é discutir desenvolvimento, consequentemente bem-estar social, sendo um tema importante, mas claro, temos que se movimentar ainda mais para que isso ganhe a consciência de nosso povo, das autoridades, dos empresários e trabalhadores de modo geral”, disse Assis Melo.
O evento também contou com a presença de outras autoridades e representantes da indústria, que debateram sobre a importância da Nova Industria Brasil para o desenvolvimento do país.
Adilson Araújo, presidente da CTB, encerrou o evento destacando a importância da parceria entre a CTB e o jornal Hora do Povo e a centralidade da indústria para o desenvolvimento do país. “O evento demonstra grandeza, primeiramente pela parceria feita entre a CTB e o jornal Hora do Povo. Segundo, trazemos um tema que é fundamental no debate do novo projeto nacional de desenvolvimento. O Brasil reivindica maior atenção para um programa de valorização do trabalho e do trabalhador, e a indústria tem participação fundamental nessa construção, sobretudo no que diz respeito à centralidade das grandes empresas nacionais frente aos desafios contemporâneos. Isso é sobretudo fazer com que o Brasil retome sua capacidade produtiva e faça com que o país seja efetivamente uma nação capaz de desenvolver força produtiva, melhorar a renda e, consequentemente, a vida das pessoas. E que nós podemos, de fato, com a indústria forte, construir um Brasil capaz de fortalecer, a todo instante, sua soberania, democracia e os direitos da classe trabalhadora”, encerrou Adilson Araújo.