Motoristas e cobradores sinalizam greve de ônibus em São Paulo nesta sexta-feira
Em assembleia geral realizada na tarde de segunda-feira (3) diante da Prefeitura, trabalhadores e trabalhadoras do transporte urbano por ônibus decidiram paralisar suas atividades na próxima sexta-feira (7) numa advertência contra a intransigência dos patrões na mesa de negociações da convenção coletiva da categoria.
Ao todo são cerca de 60 mil motoristas, cobradores, mecânicos e outros profissionais do ramo.
A paralisação por 24 horas é em resposta ao impasse nas negociações da pauta de reivindicações apresentada pela comissão de negociação dos condutores, que inclui reajustes dos salários e benefícios, segundo informações do SindMotoristas, o sindicato que representa os trabalhadores do transporte rodoviário urbano paulistano.
Representantes dos profissionais e das dez empresas que operam o serviço na capital debatem a pauta e os trabalhadores argumentam que o patronato está intransigente.
Se não houver acordo até a noite de quinta (6), os ônibus deverão permanecer nas 38 garagens espalhadas pelo município a partir da 0h de sexta.
De acordo com informações da Prefeitura, os ônibus atendem a 7 milhões de passageiros na cidade.
A decisão foi tomada na segunda-feira em respeito ao prazo legal de 72 horas de antecedência para o início da greve.
Os condutores pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, índice calculado com base em dados do Dieese.
Existem outros pontos na pauta dos trabalhadores, que tentam reverter o aumento da jornada de trabalho, que passou de seis horas e meia para oito horas efetivamente trabalhadas por dia, segundo o SindMotoristas.
O transporte urbano desempenha um papel crucial na mobilidade urbana e sua paralisação impacta diferentes setores e ramos da economia, comprometendo a produção industrial e o comércio de mercadorias.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil