Greve dos servidores federais continua: “Não aceitamos reajuste de 0% para 2024”

Foto: CTB.

A greve dos professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica, que já dura mais de 50 dias, continuará. O governo apresentou no dia 21, uma proposta que no entendimento do comando nacional de greve, é insuficiente, a partir daí, o comando de greve preparou uma contraproposta para apresentar ao governo e será definida nas assembleias do dia 27 ao dia 29. Há três entidades filiadas da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) que aderiram à greve, Assufba, o Sinti-ifsgo (representando os servidores das universidades e institutos de Goiás) e servidores da Universidade Federal do Maranhão.

A primeira assembleia começou na UFOB, depois UFSB, UFBA, UFRB e UNILAB. As discussões são as seguintes: Rejeitar a proposta apresentada e continuidade da Greve”, disse o coordenador geral da Assufba, Renato Jorge Pinto.

Proposta governamental e reivindicações dos servidores

O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, apresentou sua proposta que não prevê aumento para 2024, mas sim um reajuste gradual a partir de janeiro de 2025, que começará com 9%, e 5% em 2026. Os servidores pediam reajuste de 4% já em 2024, de 9% em janeiro de 2025, e de 9% para 2026.

“Mantivemos a greve, seguindo a orientação do comando geral nacional de greve, e todas as bases da FASUBRA mantiveram a greve e recusaram a proposta do governo. Nós decidimos que vamos apresentar uma nova contraproposta para o governo em termos de percentuais, porque nosso principal objetivo é que, ao término do governo Lula, não queiramos mais ter a pior carreira, o pior piso, o pior teto de toda a Esplanada. Também não conseguimos justificar por que várias outras carreiras que assinaram com o governo tiveram percentuais muito acima. Então, não, não há justificativa, inclusive para categorias que não são sensíveis, como é o caso da educação superior. Então, diante disso, o comando nacional de greve, em todas as assembleias, recusou a proposta do governo. Estamos esperando que o governo agora marque uma reunião para que possamos apresentar uma nova proposta”, disse João Paulo Ribeiro (JP), secretário dos Serviços Públicos e dos Trabalhadores Públicos, da CTB.

Neste sentido os servidores conseguiram construir, inclusive com a ajuda da deputada Alice Portugal (PcdoB) e vários deputados, a possibilidade de um recurso adicional que fará um aporte no orçamento e tentar fechar o acordo dos servidores. “É muito difícil, mas basta o governo apresentar mais algum percentual, colocar algum elemento que seja substancial, retirar o zero dos aposentados, porque os aposentados construíram a universidade e não podem ser penalizados”, enfatizou JP.

“Este ano não pode ser de 0%, e ao mesmo tempo as discussões devem continuar fora da greve, sobre a questão da reestruturação da carreira em si, para que possamos sair dessa situação de ter o pior piso e o pior teto de todo o funcionalismo público federal. Então, é isso que precisamos debater. Enfim, a greve continua até quebrarmos a intransigência do governo”, finalizou JP.

 

 

 

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