O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, participou do 12º Congresso da FECOSUL na manhã desta sexta-feira (24) de forma virtual, devido a calamidade que passa o estado do Rio Grande do Sul. Adilson Araújo destacou os desafios e fez uma chamada para mobilização da unidade sindical. O Congresso termina nesta tarde, e ao final, será eleita a nova diretoria para o mandato de quatro anos.
Adilson iniciou a sua participação reafirmando que o RS vive Em momento que exige reconstrução. “É preciso unir a nossa militância para enfrentar esse desafio”. Em seguida fez análise da conjuntura internacional, marcada pela crise do neoliberalismo e guerras, onde defende o cessar-fogo imediato nos conflitos da Ucrânia e de Israel contra o povo palestino.
Sobre a situação do Brasil, levantou preocupação em relação ao teto de gastos e as dificuldades que estão sendo impostas ao investimento público. Também chamou a atenção para a necessidade do país se atualizar quanto à pesquisa, ciência e tecnologia. “Os investimentos nessas áreas ainda são insuficientes para nos tornarmos competitivos. O Brasil ainda segue muito limitado. Só vamos conseguir avançar em um projeto nacional de desenvolvimento se tivermos investimento”, pontuou.
Adilson compartilhou a necessidade de debates profundos sobre a questão climática e o desenvolvimento sustentável, e que a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul mostra essa necessidade. “Os desafios contemporâneos do século 21 exigem ações para que o nosso país não fique para trás”, disse o presidente.
Sobre a luta sindical e a sua sustentabilidade, Adilson lembrou dos movimentos orquestrados pelo mundo nos últimos anos que liquidaram com direitos e miraram na destruição dos sindicatos, como no Brasil, em 2017. Para ele, ainda há muito o que fazer no atual momento e que o governo Lula deveria ter mais protagonismo nesse sentido como, por exemplo, acabar com o trabalho intermitente através de um decreto. “Nós vamos ter que brigar pelo direito de o sindicato existir”, disse, referindo-se ao direito de existir a contribuição sindical ou negocial aprovada em assembleia geral com direito à oposição.
Ele concluiu dizendo que o governo enfrenta ainda muitas dificuldades o que vem se demonstrando nas pesquisas de opinião, sobretudo porque as mudanças ainda não são sentidas em sua totalidade e houve uma elevação dos preços dos alimentos. “O momento exige capacidade de mobilização e unidade entre as centrais”, finalizou o presidente.
Confira a programação da tarde!
12h: Almoço
13h30: Contribuição Negocial: Limites e possibilidades após a decisão do Tema 935 pelo STF
Dr. Marcelo Goulart- Procurador do Trabalho PRT4
Dr. Eduardo Bestetti- Juridico Fecosul
Dr. Luiz Alberto de Vargas Desembargador TRT4
14h45: Debates
15h45: Aprovação do Documento Base e Plano de Lutas
16h30: Eleição da Direção da FECOSUL
Informações: FECOSUL.