Estudantes são presos na ALESP por protestarem contra projeto das escolas cívico-militares: “Destruição da educação pública”

PM reprime estudantes que protestavam contra a militarização de escolas públicas em São Paulo - Lucas Martins (@lucasport01).

Seis estudantes que foram detidos após protestarem na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) contra a votação do projeto do governador Tarcísio de Freitas, que prevê a implementação de escolas cívico-militares nas redes estadual e municipal de ensino, passaram por audiência de custódia nesta quarta-feira (22) e tiveram liberdade provisória, informou o Tribunal de Justiça (TJ).

Outros dois estudantes, que também foram detidos, eram adolescentes e foram liberados na noite de terça-feira (21). Eles passarão por audiência na Vara da Infância e Juventude.

Os jovens detidos foram acusados de cinco crimes: associação criminosa, resistência, lesão corporal, desacato e corrupção de menores. Apesar das acusações, eles vão responder em liberdade, conforme decisão tomada durante a audiência de custódia.

“Nós estamos vivendo um novo capítulo da destruição da educação pública no estado de São Paulo promovida pelo governador Tarcísio de Freitas. Ontem foi aprovado o PLC 9 de 2024 para a implantação de escolas cívico-militares em nosso estado, um projeto aprovado a toque de caixa, à base de autoritarismo, truculência e violência policial contra nossos estudantes que protestavam legitimamente contra esse projeto nefasto desse governo. Essa luta vai continuar porque defendemos uma escola pautada nos valores da democracia, paz, justiça social, participação e direito de ensinar e aprender. Abaixo a violência do Tarcísio”, disse a professora Francisca, diretora da APEOESP e secretária Adjunta de Finanças da CTB.

Fotos: @kboughoff

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