Por: Alex Saratt
Falência do modelo de produção capitalista
As mudanças climáticas provocadas pelo meio de produção capitalista expressam não só a falência desse modelo, como também encontram em seus gerentes políticos um adversário poderoso, intransigente e irresponsável, determinados que estão em fazer do lucro máximo a sua razão de ser e existir. Por óbvio, a consequência será drástica, aguda e cruel para a sociedade e seu meio-ambiente. A frequência e o rigor das ocorrências climáticas terão constante e permanentemente a caracterização de catástrofes.
O tempo histórico colocou à fórceps o tema ambiental como um elemento político de importância societária e civilizatória e a correspondente exigência política para a plataforma dos trabalhadores classistas. Não é admissível que a pauta e programa do sindicalismo e da esquerda abdique da temática, tampouco podemos – em nome da união e solidariedade – deixar que as responsabilidades e culpas se diluam ou sejam ignoradas. Há polarização – e luta de classes – nesse processo e compete aos setores de vanguarda agir inteligentemente para se possam mudar a matriz produtiva em método e finalidade e também de conscientizar que é pela política e com a preocupação sincera com a natureza que se construirá um novo poder.
Alex Saratt é 1° vice-presidente do Cpers, Diretor Adjunto da CNTE e Secretário de Comunicação da CTB-RS