Um cortejo fúnebre foi a ideia do Sindicato dos Bancários da Bahia e da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe para protestar contra o fechamento de uma agência histórica do Itaú em Salvador. Com um carro de som tocando uma marcha fúnebre, dirigentes das duas entidades caminharam, nesta terça-feira (21), com um caixão pela Avenida Sete até a unidade bancária na Praça da Piedade, onde realizaram um ato político.
O presidente da Federação, Hermelino Neto, ironizou o slogan do banco. “Nas propagandas caras, o Itaú diz que é feito de futuro. Mas, a realidade mostra que é feito de adoecimentos e demissões dos seus funcionários. Não podemos aceitar que o banco líder dos lucros em 2023, com R$ 35,6 bilhões, feche agências. No ano passado, foram 180 unidades fechadas e 3.292 empregados descartados. Isso representa menos empregos para a categoria e precarização dos serviços para os clientes. Por isso, contamos com o apoio da população”, afirmou.
Segundo o presidente dos Bancários da Bahia e vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), o setor mais poderoso da economia chega a ser desumano. “Os quatro grandes bancos lucraram R$ 96,9 bilhões no acumulado de 2023, mas seguem demitindo e fechando agências. Lucros beneficiam os acionistas, quando poderiam ser investidos em mais agências e mais contratações de funcionários para melhorar os serviços aos clientes. Queremos responsabilidade social dessas instituições. Políticas gananciosas só prejudicam os trabalhadores e a sociedade. Lucrar não pode significar desumanizar o trabalho e a vida”, enfatizou.
Ao reforçar o apoio da CTB Bahia à luta dos bancários e das bancárias, o secretário de Combate ao Racismo, Jerônimo Silva Júnior, ressaltou que a Central “luta por um Brasil com desenvolvimento e valorização do trabalho em todas as categorias, e que é essencial o apoio da sociedade para combater os absurdos praticados pelos bancos”. Informações: CTB-BA.