Nesta quarta-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, junto com os movimentos sociais e sindicalistas que estão na luta contra a privatização da Sabesp, ocuparam a Câmara de Vereadores de Guarulhos e barraram mais uma tentativa de votação do Projeto de Lei nº 85/2024.
“Uma importante vitória da luta de todos e todas que sabem da importância da Sabesp pública. Seguimos mobilizados aqui em Guarulhos e firmes contra o projeto de privatização de Tarcísio de Freitas”, orientou o presidente do Sintaema, José Faggian, após suspensão da votação do Projeto de Lei nº 85/2024, que dispõe sobre as diretrizes da adesão do Município de Guarulhos à respectiva Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário – URAE 1 – SUDESTE.
A direção do Sintaema lembra que Guarulhos é o segundo maior município do estado e barrar a privatização lá contribui fundamentalmente para a luta em defesa da Sabesp. “A bancada de oposição é um alicerce importante da luta que travamos aqui e a liminar mostra a sagacidade dos vereadores e vereadoras que marcham ao lado do Sintaema”.
Água não é mercadoria
O Sindicato seguirá acompanhando o desenrolar do processo na cidade e reitera que a mobilização me Guarulhos é fundamental e lembrou: ” A iniciativa privada não vai investir no saneamento, no tratamento de esgoto como faz a empresa pública”, afirmou o Sintaema ao destacar o investimento da Sabesp em Guarulhos através da instalação de novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e de tratamento de água (ETA) nos últimos anos.
O Sintaema também fez uma comparação entre o serviço prestado pela Sabesp com o do Rio de Janeiro. “A Sabesp faz gratuitamente uma série de serviços simples enquanto no Rio tudo é cobrado. Por exemplo, uma ligação de esgoto no RJ está em torno de 400 reais. A Sabesp não cobra nada”.
O Sintaema ainda destacou o caos no fornecimento de energia após a chuva com fortes rajadas de vento que atingiram São Paulo. A Enel, uma das concessionárias responsável pela prestação desse serviço, desligou o atendimento e deixou milhões de pessoas às escuras por mais de uma semana. “Essa situação leva a refletir que seria uma tragédia uma empresa privada tratando do saneamento aqui em São Paulo”, ressaltou o Sintaema.
Informações: Sintaema.