Na terça-feira (23), a cidade de Buenos Aires, na Argentina, foi palco de uma manifestação contra o presidente Javier Milei que levou em torno de um milhão de pessoas às ruas. O evento foi desencadeado pela Marcha Federal Universitária, que inicialmente previa reunir 800 mil manifestantes, mas ultrapassou todas as expectativas. Segundo o jornal Página 12, a concentração principal ocorreu entre a Praça de Maio e o Congresso, onde a multidão forçou as autoridades a recuar diante da massa de pessoas que tomaram as ruas.
O movimento contou com a participação de professores, estudantes e servidores das instituições de ensino, formando um protesto de resistência à política de Milei.
A grande quantidade de pessoas interrompeu a repressão inicialmente planejada pelo governo. A ministra Patrícia Bullrich havia mobilizado a tropa de choque e viaturas policiais para conter a manifestação, mas a presença maciça dos manifestantes forçou as autoridades a recuar. Com faixas e cartazes, os manifestantes deixaram claro seu descontentamento com o governo: “Rebelde-se e eduque-se.” “Mais dinheiro para educar, não para reprimir.” “Você não nos quer livres, você nos quer ignorantes.”
O impacto do protesto de 1 milhão de pessoas na Argentina vai além das fronteiras nacionais. Especialistas apontam que esse evento pode ser o início da derrocada de Milei e do crescimento da extrema direita.
800 mil na Argentina contra Milei e pela educação! O fascista deixou as universidades à míngua com a intenção de quebrá-las, mas com o povo na rua vai ter que recuar! Bela lição dos argentinos de enfrentamento à extrema-direita pic.twitter.com/ssBs0RnOBc
— Ivan Valente (@IvanValente) April 24, 2024
Fonte: DCM
Ilustração: Protesto em Buenos Aires, na Argentina, contra cortes na educação, em 23 de abril de 2024. Foto de Emiliano Lasalvia/AFP