Após muitas reuniões, nada avançou em favor dos produtores de leite, que seguem abandonando a atividade devido a baixa lucratividade e altos custos de produção. Mesmo as medidas já anunciadas, não produziram o efeito desejado. Na terça-feira (12), em Brasília, a Fetag-RS, representada pelo vice-presidente Eugênio Zanetti, e a contag, através do presidente Aristides Veras dos Santos, estiveram em agenda com os ministros Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
O alerta ao Governo Federal sobre a situação caótica da cadeia leiteira foi dado há cerca de um ano atrás, pela Fetag-RS, Contag e demais entidades que representam os produtores. Porém, a situação segue piorando e o cenário futuro é desanimador, já que há sério risco de mais e mais famílias desistirem da atividade.
Medidas como promover a securitização de dívidas dos(as) agricultores familiares para pagar em 10 anos, rediscussão do Mercosul no que se refere ao leite, são pautas emergenciais sugeridas ao governo ainda em 2023, assim como a criação do Instituto Nacional do Leite e de uma política com cota de leite e garantia de preço mínimo de referência para a agricultura familiar.
Ainda, foi pauta da reunião com os ministros questões relacionadas ao Proagro e que ainda geram incertezas para a agricultura familiar, além do Grito da Terra Brasil, para o qual solicitou-se ajuda dos ministros para que a pauta da agricultura familiar seja entregue ao presidente da República.
De acordo com Zanetti, “já passou da hora do governo tomar medidas que realmente resolvam o problema, pois até agora o que foi tentado não deu certo. A crise continua e deverá se agravar caso nada seja feito”.
Também ontem, em Brasília, sob articulação do deputado federal Heitor Schuch, a representação dos produtores participou da reunião de bancada do PSB, na qual foi solicitado apoio dos parlamentares do partido para a pauta do setor. Com informações: Fetag.