No último sábado (17), os trabalhadores metalúrgicos de Resende protagonizaram um importante evento na luta sindical, reunindo-se em uma assembleia para repudiar firmemente uma tentativa de divisão promovida por um grupo dissidente dentro do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. Convocada em resposta a essa ameaça, a assembleia foi realizada na sede do sindicato e contou com a participação ativa de trabalhadores representantes de diversas empresas da região.
A discussão girou em torno da manobra de um grupo que buscava dividir a categoria, uma ação que poderia enfraquecer a representatividade sindical e favorecer os interesses dos patrões. As duas chamadas para a assembleia foram marcadas, respectivamente, às 10 horas e às 10h30min, garantindo a participação de um amplo espectro de trabalhadores da base de Resende.
Os trabalhadores de base presentes na assembleia reafirmaram, por unanimidade, a legitimidade do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense como um instrumento crucial de representação e luta dos trabalhadores. Um metalúrgico da Volkswagen, que preferiu não se identificar, expressou o sentimento geral ao declarar: “Pela primeira vez estamos sendo representados por um Sindicato que luta por nós trabalhadores. Estamos satisfeitos com a atuação e queremos continuar sendo representados por eles. Espero que continue uma trajetória de luta e representatividade por nós”, disse.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Edimar Miguel, enfatizou a falta de interesse do grupo dissidente em defender os trabalhadores, ressaltando que muitos deles já haviam participado de gestões anteriores. “Parte das pessoas envolvidas na insistência em abrir um novo sindicato em Resende já participaram de gestões anteriores e agora que não pertencem mais a diretoria querem dividir a nossa categoria”, afirmou Edimar.
A assembleia contou também com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), representada pelo seu secretário-geral nacional, Ronaldo Leite. “Compreendemos que é um sindicato que tem história, e que lamentavelmente está ameaçado de divisão da sua base por um grupo que perdeu as eleições lá atrás. A assembleia de hoje demonstrou que os trabalhadores não aceitam divisão. Queremos manter um sindicato forte e que luta em defesa dos trabalhadores”, destacou Leite.
Paulo Sérgio, presidente da CTB-RJ, ressaltou a expressiva diferença de votos entre o grupo dissidente e a chapa liderada pelo presidente Edimar. “Nas eleições eles obtiveram somente 32 votos, nas empresas aqui da região, em contrapartida a chapa da ‘Hora da Mudança’, encabeçada pelo presidente Edimar, foi extremamente votada em grande quantidade pelos trabalhadores e trabalhadoras das fábricas do sul fluminense”, afirmou o presidente.
Diante desse firme posicionamento dos trabalhadores de Resende e do apoio das entidades sindicais, fica claro que a categoria permanece unida na defesa de seus direitos e na manutenção de um sindicato forte e representativo.