Reajuste salarial foi uma das principais causas
Através do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG), o Dieese registrou até o momento a ocorrência de cerca de mil greves em 2023, um número que provavelmente indica estabilidade em relação a 2022. A demanda de reajustes salariais foi uma das principais causas das paralisações. Foi a reivindicação mais mencionada no serviço público (em 52% dos casos) e nas estatais (em 40%).
Já nas empresas privadas, ocupa o terceiro lugar (com presença em 26% das pautas). A preocupação com as condições de trabalho é compartilhada por profissionais do serviço público (29%) e das estatais (23%), assim como a reivindicação por mais investimentos (30% entre os primeiros, 21% entre os seguintes).
A denúncia contra os salários em atraso (constante em 45% das pautas) e as questões relativas à alimentação (em 32%) foram reivindicações prioritárias dos trabalhadores nas empresas privadas. Já os protestos contra projetos de privatização aparecem em 28% das pautas dos trabalhadores nas empresas estatais
A exigência de cumprimento dos pisos salariais legais do magistério e da enfermagem compareceu em 47% das pautas dos trabalhadores no serviço público.
Questões relativas ao Plano de Cargos, Carreiras e Salários – implementação, cumprimento, aprimoramento – são pautas igualmente relevantes (presentes em 26% das reivindicações dos servidores).
Principais demandas dos grevistas (%)
Empresas Privadas
Atraso de salário 45,2
Alimentação 31,8
Reajuste salarial 25,9
Empresas Estatais
Reajuste salarial 39,5
Privatizações 27,9
Condições de trabalho 23,3
Serviço público 20,9
Servidores públicos
Reajuste salarial 52,4
Piso salarial 46,7
Serviço público 30,3
Condições de trabalho 29,1
Plano de Cargos e Sal 26,