Após dias de angústia e desespero causados pelo temporal que assolou o Rio Grande do Sul, os gaúchos se unem em um ato por Luz, Água e Voz nesta quarta-feira, dia 24 de janeiro. Às 18h, a população se reunirá em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, buscando chamar a atenção para a situação crítica vivenciada por milhares de pessoas que enfrentam a escuridão e a escassez de água.
O caos foi agravado pelo serviço precário da CEEE Equatorial, privatizada a um custo considerado irrisório pelo ex-governador Eduardo Leite (PSDB), com a aprovação do então vice, Sebastião Melo (MDB). Milhares de gaúchos foram deixados à mercê de um fornecimento deficiente, evidenciando as consequências nefastas da privatização de serviços essenciais.
Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Rio Grande do Sul (CTB RS), ressalta a falha estratégica da política privatista dos governos neoliberais ao longo dos anos. “Esse serviço público cada vez mais precário e de menor qualidade para a população reforça a necessidade de fortalecer e fiscalizar setores estratégicos, prestados pelo estado. Isso é um instrumento efetivamente correto para garantir serviços de qualidade à população”, disse.
A CTB-RS se une às centrais sindicais, movimentos sociais e à população em geral para protestar contra o descaso enfrentado no Rio Grande do Sul. “Aqui, a desconsideração com a população foi além do mínimo tolerável. Estamos mobilizados para gritar contra o descaso e exigir mudanças que beneficiem a todos”, afirma Guiomar Vidor.
Diante deste cenário, a população exige a reestatização da CEEE e a preservação do DMAE como um órgão público. O ato não é apenas um grito por luz e água, mas também um manifesto contra a instrumentalização política desses recursos vitais para a vida. “Água é vida, não uma mercadoria para ser explorada por interesses políticos duvidosos. Leite (PSDB) e Melo (MDB), chega de descaso!”, clamam os manifestantes.
O ato por Luz, Água e Voz é mais do que uma manifestação, é um chamado à ação imediata diante da crise climática e da urgência em garantir serviços essenciais de qualidade para a população gaúcha.