A chamada grande mídia, um pequeno grupo monopolista dirigido por ricas famílias burguesas lideradas pela Rede Globo, empreende neste momento uma ofensiva orquestrada e reacionária contra o presidente Lula, ecoando os interesses do imperialismo e do grande capital em prol das desastrosas privatizações, bem como contra a política externa ativa e altiva do governo, contrária aos desígnios de Washington.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, fez uma dura crítica a esses meios de comunicação, mencionando sua trajetória antidemocrática, entreguista e golpista ao longo da história do Brasil, reforçando críticas feitas pelo ministro da Comunicação, Paulo Pimenta.
Por outro lado, segundo representantes da mídia alternativa, apesar das promessas do governo o Ministério dirigido por Pimenta contribui para fortalecer a grande mídia deixando à míngua os veículos independentes compromissados com a democracia e a verdade dos fatos.
Na opinião do diretor da Rádio e TV Atitude Popular e conselheiro do Fórum Nacional para a Democratização da Comunicação, Souza Júnior, “infelizmente a política de comunicação do (terceiro) Governo Lula permanece a mesma de seus governos anteriores, incluindo o da Dilma, destinando o total de suas verbas de publicidade à Rede Globo e aos demais veículos da mídia corporativa, a mesma que contribuiu para o golpe de 2016 e a prisão do próprio Lula em 2018, abrindo caminho para a eleição de Bolsonaro naquele ano”.
É de se esperar que o Ministério mude de conduta na sua relação com os representantes da mídia alternativa após as críticas da presidente do PT e do próprio Pimenta diante da nova ofensiva contra o presidente com o objetivo de blindar a política neoliberal e consolidar os retrocessos impostos após o golpe de 2016 pelos governos Temer e Bolsonaro.
Leia a matéria publicada no DCM sobre o tema:
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a criticar na manhã deste domingo (21) o posicionamento da imprensa após a retomada das obras na refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco. Sua manifestação faz coro com a do ministro Paulo Pimenta, que também havia comentado o assunto.
No X (antigo Twitter), a deputada federal lembrou que os mesmos veículos que estão atacando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se opuseram as reformas desenvolvimentistas, defenderam e “aplaudiram” todas as privatizações e “festejaram a dolarização dos preços de combustíveis”. “Uma longa trajetória de entreguismo e subserviência a interesses estrangeiros”, escreveu a parlamentar.
Gleisi disse ainda que Lula não deixará de “reconstruir o país”. Confira:
O que têm em comum a Folha de S.Paulo, Globo e Estadão, além dos editoriais uníssonos, desde sexta-feira, ofendendo Luiz Inácio Lula da Silva pela retomada da refinaria Abreu e Lima, que vai acabar com a dependência brasileira de importação de combustíveis:
– Os três fizeram campanha contra a Lei do Petróleo, de Getúlio Vargas, que criou a Petrobrás e o monopólio estatal, em 1953.
– Os três fizeram campanha pela deposição de Getúlio em 54.
– Fizeram oposição a João Goulart, que criou a Eletrobrás, regulou a remessa de lucros para o exterior e fez o decreto da reforma agrária.
– Apoiaram o golpe de 1964 e defenderam a ditadura até onde isso lhes foi possível.
– Defenderam e aplaudiram todas as privatizações danosas ao país: CSN, Vale, BR Distribuidora, Gasodutos, Eletrobrás.
– Apostaram contra o pré-sal, dizendo que não tínhamos capacidade de explorar.
– Depois, defenderam e aplaudiram a entrega das nossas grandes reservas a petroleiras estrangeiras.
– Apoiaram e foram cúmplices de Sergio Moro, que destruiu a indústria brasileira de engenharia, óleo e gás.
– Apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma e o desmonte da Petrobrás nos governos do golpe e de Bolsonaro.
– Festejaram a dolarização dos preços de combustíveis e a redução a Petrobrás a mera exploradora de petróleo.
É uma longa trajetória de entreguismo e subserviência a interesses estrangeiros. É o que explica seus editoriais raivosos. Mas não se iludam: Lula foi eleito para governar e reconstruir o país. E é isso que ele está fazendo.
A mensagem no X
Gleisi Hoffmann@gleisi O que têm em comum a @folha , @JornalOGlobo e @Estadao, além dos editoriais uníssonos, desde sexta-feira, ofendendo @LulaOficial pela retomada da refinaria Abreu e Lima, que vai acabar com a dependência brasileira de importação de combustíveis: – Os três fizeram campanha contra a Lei do Petróleo, de Getúlio Vargas, que criou a Petrobrás e o monopólio estatal, em 1953. – Os três fizeram campanha pela deposição de Getúlio em 54. – Fizeram oposição a João Goulart, que criou a Eletrobrás, regulou a remessa de lucros para o exterior e fez o decreto da reforma agrária. – Apoiaram o golpe de 1964 e defenderam a ditadura até onde isso lhes foi possível. – Defenderam e aplaudiram todas as privatizações danosas ao país: CSN, Vale, BR Distribuidora, Gasodutos, Eletrobrás. – Apostaram contra o pré-sal, dizendo que não tínhamos capacidade de explorar. – Depois, defenderam e aplaudiram a entrega das nossas grandes reservas a petroleiras estrangeiras. – Apoiaram e foram cúmplices de Sergio Moro, que destruiu a indústria brasileira de engenharia, óleo e gás. – Apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma e o desmonte da Petrobrás nos governos do golpe e de Bolsonaro. – Festejaram a dolarização dos preços de combustíveis e a redução a Petrobrás a mera exploradora de petróleo. É uma longa trajetória de entreguismo e subserviência a interesses estrangeiros. É o que explica seus editoriais raivosos. Mas não se iludam: Lula foi eleito para governar e reconstruir o país. E é isso que ele está fazendo.