Em função do atraso no pagamento dos salários, os metalúrgicos paralisaram suas atividades Caraíba/Paranapanema, nesta segunda-feira (15). Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Dias d´Ávila, o ato também foi para pressionar o governo estadual a intervir junto à empresa, que se encontra em recuperação judicial. O último pagamento de salário aconteceu em novembro do ano passado. Desde então, deixaram de receber as duas parcelas do salário de dezembro, o 13º salário, férias e hoje, 15, venceu a primeira quinzena de janeiro.
Na próxima quinta-feira (18), os trabalhadores vão chamar a atenção do presidente Lula para o problema. Neste dia, o petista participa da assinatura de acordo de parceria para implantação do Centro Tecnológico Aeroespacial da Bahia, no Senai Cimatec, em Camaçari. De acordo com o presidente do Sindicato, Valbirajara de Souza, a categoria decidiu manter o acampamento e três ônibus levarão os trabalhadores ao encontro de Lula.
“Cerca de 150 funcionários se revezam para manter o funcionamento da empresa e outros 550 foram colocados em lay-off. A empresa alega que tem cerca de R$ 3 milhões pendentes junto ao Estado. Então, queremos ver se é possível a liberação para resolver a situação dos funcionários”, destaca, ponderando que uma solução poderia envolver a BYD (fábrica chinesa de carros elétricos), pois os veículos consomem grande quantidade de cobre, o que poderia viabilizar a retomada de investimentos na Caraíba Metais.
No lay-off, por suspensão do contrato, a empresa pode paralisar as atividades dos empregados entre dois meses e cinco meses. Nesse caso, os funcionários podem receber a Bolsa de Qualificação Profissional, uma modalidade do Seguro-Desemprego, se cumprirem os requisitos para o benefício.
com informações do Sindicato e do A Tarde