O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lamenta profundamente a morte do companheiro Alberto (Betão) Moschkovich.
Dirigente da Fetec-CUT/SP, militante histórico do PT e dedicado às lutas por justiça e igualdade social, Betão era empregado da Caixa Econômica Federal, e no primeiro governo Lula atuou na estrutura do banco. Nesta posição, nunca deixou suas raízes sindicais, e visitava os sindicatos de bancários nas cidades por onde passava, nas atividades por conta de seu cargo na empresa.
Conhecido entre as pessoas mais próximas como o eterno diretor da Fenae, ingressou na Caixa em 1989, passando por diversos cargos e se aposentando em 2017. Em 2022, em Salvador (BA), participou no “TED Experiências” do Inspira Fenae 2022, ocasião em que falou sobre a transformação de vida na condição de bancário da Caixa.
Foi diretor da Fenae e da Apcef/SP, exercendo em mais de uma ocasião o cargo de coordenador da Comissão Eleitoral Nacional (CEN), encarregado de executar as eleições para a Diretoria Executiva e para o Conselho Fiscal da Federação.
Foi um dos colaboradores do livro A Nova Ordem – Luiz Gushiken, lançado no evento Sons da Democracia, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, em outubro.
Palmeirense apaixonado e torcedor do time da NBA Los Angeles Lakers, destacou-se ainda como violeiro virtuoso e produtor de cerveja desde 2014, atividade na qual aperfeiçoou as técnicas após fazer o curso na plataforma da Rede do Conhecimento, em 2019.
Considerado pelas pessoas próximas um companheiro muito querido, Betão sempre será lembrado como um ombro amigo e de palavra, e cuja confiança e afeto foram suas grandes virtudes.
“Eu classifico o Betão como um daqueles companheiros imprescindíveis na nossa vida, no nosso caminho”, relata Kardec de Jesus, dirigente sindical da Apcef/SP e Diretor Honorário do Sindicato.
Kardec lembra que teve Betão como colega na primeira agência da Caixa em que trabalhou, época em que Betão já cultivava relação com as principais lideranças bancárias da época. Por isto ajudou a organizar na Caixa a Articulação, nome da corrente majoritária no movimento sindical bancário.
“Ele tinha menos tempo que eu de Caixa, mas já sabia tudo da organização sindical. E ele já era militante nessa época, principalmente sindical, porque ele já tinha trabalhado no Banco Nacional. Por isso já tinha amizade com algumas cabeças pensantes como Luiz Gushiken, Ricardo Berzoini e João Vaccari. Ele nos apresentava essas pessoas, e ajudou inclusive a organizar a Articulação na Caixa. Eu aprendi muito com algumas pessoas, mas com ele sobretudo, por estarmos o tempo todo juntos. Foi muito boa essa época em que ele trabalhou em São Paulo, além de ser um baita cara, um grande companheiro. Calmo. Vai fazer muita falta mesmo.”
José Carlos Alonso, ex-presidente da Fenae, ex-diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancário aposentado da Caixa, enfatizou sua relação pessoal com Betão na área de formação de lideranças sindicais bancárias.
“Nós viajamos o país nos anos 90 fazendo a formação de militantes sindicais, dirigentes. Nos últimos três anos, nós já aposentados, trabalhamos em um projeto da Fenae e da Contraf-CUT, um curso sobre o sistema financeiro, com várias turmas por todo o país. O Betão é uma pessoa com energia incrível. Era uma disposição de trabalho, uma disponibilidade, uma entrega para o movimento que a gente sente muito orgulho de ter compartilhado estes momentos”, declarou.
Betão faleceu nesta quarta-feira 13, em um hospital de Santa Catarina. Era casado com Marina Amorim, que, assim como ele, trabalha também no banco público. Ele deixa esposa e três filhos, além de duas enteadas.
Em nome de toda a diretoria e de todo o quadro de funcionários, o Sindicato dos Bancários de São Paulo manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares neste momento de dor e luto. Fique em paz, companheiro.
Betão, presente! – Informações: Sindicato dos Bancários.