As Bancárias dos estados da Bahia e de Sergipe participaram do 6º Encontro das Bancárias, realizado neste sábado (25), no Hotel Portobello, em Salvador. As participantes debateram temas como direitos na Convenção Coletiva de Trabalho, liderança feminina, avanços da mulher no mercado de trabalho e combate à violência doméstica.
Segundo a diretora para Assuntos de Gênero da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Nancy Andrade, foi muito positivo o primeiro encontro após a pandemia. “É muito bom debater os problemas que nos afligem, como a violência contra a mulher e as dificuldades no mercado de trabalho. Tratamos da luta e do avanço social em defesa da mulher bancária ao longo do tempo. Temas importantes para todas nós. E, no final, uma bonita confraternização com voz e violão”, destacou.
Presente no evento, a presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Bahia (CTB-BA), Rosa de Souza destacou o novo momento do Brasil e o papel das trabalhadoras. “Nossa luta se dá em um cenário de reconstrução do Brasil, com o governo Lula. A expectativa é positiva para muitos avanços no mundo do trabalho. Precisamos de organização e mobilização, pois o governo é avançado, mas é amplo e em disputa, além do congresso ser mais conservador”, pontuou.
Segundo a dirigente, é o grande desafio para mudar a realidade do mercado de trabalho para as mulheres. “Foi positivo o projeto do governo, da igualdade salarial. Agora, é garantir na prática. O movimento sindical precisa abrir mais espaço de poder para as mulheres. É importante ampliar a formação das diretoras para que assumam tarefas importantes”, enfatizou.
Mais mulheres na política
Ao falar do momento político, a deputada federal Alice Portugal (PcdoB) ressaltou a necessidade de se avançar na política, lançando lideranças femininas para disputar as eleições. “Somos 51,13% da população e 53% do eleitorado, mas temos apenas 15% de deputadas e 13% de senadoras. Nas assembleias estaduais, apenas 161 mulheres foram eleitas, representando 15% do total. Temos que mudar essa realidade, até para melhorar leis e projetos que melhoram a vida das trabalhadoras e das mulheres brasileiras. Para isso, temos que eleger mulheres que participam das lutas sociais e sindicais. A CTB Bahia, as federações e os sindicatos classistas têm essa tarefa”, afirmou.