No último domingo (26), o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense (Sindimetal-SF) foi alvo de um ataque contra sua soberania, quando uma assembleia “fantasma” foi realizada com a intenção de dividir a base territorial do sindicato. O grupo por trás dessa iniciativa criminosa é composto pelos perdedores das eleições ocorridas em julho do ano passado.
O local escolhido para realizar essa assembleia clandestina foi a Chácara Santa Lúcia, situada em uma região distante do Centro de Resende, protegida por enormes seguranças e com o portão fechado. O presidente do sindicato, Edimar Miguel, acompanhado de sua diretoria, trabalhadores das empresas locais e dezenas de outros dirigentes de centrais sindicais, foram impedidos de entrar no local. Uma agente de cartório que conseguiu acessar o recinto constatou a presença de aproximadamente 20 pessoas que decidiram dividir uma base histórica do sindicato, que já foi dirigido por um dos grandes líderes da região, o companheiro Juarez Antunes.
O presidente da CTB-RJ, Paulo Sérgio Farias, destacou a gravidade da situação, afirmando: “Trata-se realmente de um crime de grandes proporções que o movimento sindical não pode e não deve tolerar. Imaginemos a situação que o movimento sindical se transformaria se toda vez que uma força política for derrotada nas eleições sindicais rachar e dividir a base territorial e criar uma entidade paralela e fantasma?”, disse.
O Secretário Geral da CTB nacional, Ronaldo Leite, complementou as críticas, afirmando: “É inadmissível convocar uma assembleia fake, sem trabalhadores, para dividir um sindicato histórico. Triste que no movimento sindical brasileiro ainda haja este tipo de falcatrua. Mas os metalúrgicos do Sul Fluminense não vão se render a esta tentativa de golpe”, disparou.
A Assembleia fantasma foi um ataque ao histórico sindicato. O SindMetal-SF foi palco de grandes lutas contra a ditadura militar e reúne um itinerário de lutas em pé de igualdadade a grandes sindicatos como os Metalúrgicos do ABC e os Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, no qual também consideramos não devam ser alvo de ações divisionistas, por puro interesse aparelhista. Perderam as eleições, é razoável que seja respeitado o resultado. É fundamental sustar esta assembleia. O vale-tudo no movimento sindical não é saudável para a unidade das Centrais Sindicais.