Na manhã desta quarta-feira (08), os eletricitários promoveram um ato na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com o objetivo de chamar a atenção do governo Lula para priorizar a articulação em torno da ADI 7385/2023 da Eletrobras e cobrar a reestatização da empresa. O evento ganha destaque em meio à preocupação dos trabalhadores quanto às decisões tomadas pela direção da Eletrobras e aos impactos diretos na segurança, confiabilidade e disponibilidade operacional dos ativos de geração e transmissão elétrica.
“Foi um ato muito bom devido à nossa realidade atual de empresa privada, onde poucos trabalhadores participam de atividades presenciais. Os trabalhadores têm medo de participar de eventos públicos devido ao receio de retaliações por parte da direção privada da Eletrobras”, afirmou Victor Frota, secretário de comunicação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil CTB-DF e do STIU-DF. O evento contou também com a presença de alguns movimentos sociais do DF e do MAB (Movimento de Atingidos por Barragens), evidenciando o apoio da comunidade às reivindicações dos eletricitários.
Alerta sobre o risco de colapso no setor elétrico brasileiro
Desde o início de 2023, os eletricitários têm alertado insistentemente ao governo Lula sobre as decisões da direção da Eletrobras. Tais decisões, segundo os trabalhadores, podem resultar em um colapso no setor elétrico brasileiro, afetando o fornecimento de energia à população. Eles destacam a importância de pressionar o governo para que a ADI 7385/2023 seja colocada em pauta no STF, buscando assim impedir o desmonte da empresa, a venda de ativos e as demissões em massa.
Clima organizacional preocupante e demissões em massa
Os eletricitários expressam preocupação não apenas com a segurança operacional, mas também com o clima organizacional da Eletrobras. Denunciam práticas como demissões em massa, assédio moral e tortura psicológica realizadas pela atual direção da companhia. Essas práticas têm contribuído para o aumento de acidentes de trabalho, incluindo casos fatais, gerando apreensão entre os trabalhadores.
“Esperamos que o governo aumente a pressão e articulação no STF para que a ação ADI seja colocada em pauta e aprovada. Isso permitirá que o governo retome o controle da Eletrobras, com seu tamanho acionário de 43%, interrompendo assim o desmonte, a venda de ativos e as demissões. Além disso, queremos a reestatização da Eletrobras, que está parada, bem como a suspensão imediata do processo de demissões em andamento desde a privatização ocorrida em junho de 2022”, finalizou Victor Frota.