Por Altamiro Borges
Bajulado pela mídia sionista e pelos milicianos bolsonaristas, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, já devia ter sido repreendido formalmente pelo governo Lula. O sujeito é um típico provocador. Não age como diplomata, mas como capanga. Não é para menos que está sempre de braços dados, em vídeos e fotos, com parlamentares da extrema-direita nativa. Nesta terça-feira (17), ele usou suas redes digitais para atacar o PT:
“É muito lamentável que um partido que defende os direitos humanos compare a organização terrorista Hamas, que vai de casa em casa para assassinar famílias inteiras, com o que o governo israelense está fazendo para proteger os seus cidadãos”, disparou o farsante belicista. Antes, em uma entrevista, o truculento Daniel Zonshine também já havia criticado a “falta de sensibilidade” da diplomacia brasileira.
Governo Lula ignora ataques histéricos
O governo Lula, porém, optou por ignorar esses ataques histéricos. Segundo postagem do site Metrópoles, “no Itamaraty, a avaliação é que não vale a pena responder ao embaixador. O Brasil segue com canal aberto com Israel e mesmo com a embaixada. Caso o embaixador tivesse uma resposta, a coisa escalaria e poderia virar uma crise”. Diante dessa conduta, o sionista segue com a língua solta e venenosa.
Até agora, o embaixador só recebeu uma resposta mais dura da presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Em nota, assinada também pelo secretário de Relações Internacionais da sigla, Romênio Pereira, ela afirmou que Daniel Zonshine “não tem autoridade moral para falar de direitos humanos”. O texto também rechaça o “ataque injustificável a um partido que ao longo de sua história abriga militantes palestinos, árabes e judeus e defende a coexistência dos Estados de Israel e da Palestina”.
Um dia antes, o PT havia divulgado uma posição bem “diplomática” sobre o massacre na região: “Condenamos os assassinatos e sequestro de civis cometidos tanto pelo Hamas, quanto pelo Estado de Israel, que realiza um genocídio contra a população de Gaza, por meio de um conjunto de crimes de guerra”. Mesmo assim, o histérico embaixador israelense reagiu com sua verborragia fascistoide. Merecia uma dura condenação!
Foto: Faixa de Gaza, 15/10/23, Abed Rahim Khatib