O presidente da Colômbia, Gustavo Petro condenou duramente o bloqueio total imposto a Gaza e afirmou que “povos democráticos não podem permitir que o nazismo se restabeleça na política internacional”. Ele fez seus comentários através das redes sociais, onde mencionou a infame comparação feita pelo ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, entre palestinos e “animais”, o que tem paralelos com o nazismo.
“Isso é o que os nazistas diziam sobre os judeus. Povos democráticos não podem permitir que o nazismo se restabeleça na política internacional. Israelenses e palestinos são seres humanos, sujeitos ao direito internacional. Se este discurso de ódio continuar, só levará a um holocausto”, postou Petro na rede social X, antigo Twitter.
A postagem de Petro foi feita poucas horas após Gallant anunciar e enaltecer o bloqueio total a Gaza, na segunda-feira (9), proibido pelo direito humanitário internacional. “Não haverá eletricidade, nem comida, nem combustível, tudo está fechado”, disse Gallant citado pelo jornal Times of Israel. “Estamos a lutar contra animais humanos e a agir em conformidade”, acrescentou, em referência aos militantes do Hamas que assumiram o controle de partes de Gaza.
Genocídio
A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores, também condenou o genocídio que vem sendo promovido pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra a população palestina.
“A resposta do governo de Israel aos ataques do último sábado anuncia-se como uma brutalidade ainda mais abrangente contra a população civil da Faixa de Gaza. Dois milhões de palestinos, confinados há mais de uma década em um verdadeiro campo de concentração, sem direitos e sem perspectivas, são tratados agora como sub-humanos, sem acesso a água, comida e energia. O que se anuncia, sob pretexto de retaliação militar e segurança do estado, é um massacre com as dimensões de um genocídio”, disse ela, em seu X (antigo Twitter.
O “cerco total” promovido por Israel à Faixa de Gaza é “proibido” pelo direito humanitário internacional, conforme explicou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, em comunicado divulgado à imprensa nesta terça-feira (10). “A imposição de cercos que põem em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito humanitário internacional”, declarou Türk.