Com o intuito de debater os desafios do movimento sindical no governo Lula, a CTB-SC em parceria com os sindicatos filiados realizou, nos dias 29 e 30 de Setembro, o II Seminário de Estudos Sindicais. O evento, que aconteceu no auditório do Sindicato dos Bancários de Chapecó, contou com a participação ativa de diversas entidades, de 85 lideranças sindicais vindas de vários municípios e estados, de trabalhadores e trabalhadoras, em dois dias de debates intensos.
“Nos últimos anos o movimento sindical tem sofrido vários ataques, obrigando as entidades a se reinventarem. Com o intuito de entender um pouco mais sobre a realidade dos sindicatos, situação em que nos encontramos, conjuntura em que vivemos, bem como os desafios que teremos daqui pra frente, que o Sindicato dos Metalúrgicos de Chapecó e região, juntamente com outras entidades, idealizou este evento”, conta Fernando de Oliveira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, um dos sindicatos anfitriões do encontro.
Para Mateus Graoske, presidente da CTB-SC, além das análises de conjuntura apresentadas por Assis Melo e Ronaldo Leite, também foi debatida a saúde mental dos trabalhadores e a necessidade dos sindicatos pautarem, para além das cláusulas econômicas, o combate ao assédio moral e o direito a um ambiente saudável de trabalho.
Gherly Ranzan, diretor do Sintaema, ressalta que vivemos numa conjuntura onde as crises do capitalismo cobram cada vez mais da classe trabalhadora a conta. “É preciso que as entidades sindicais se unifiquem na luta, com solidariedade de classe, para transpor esse sistema que explora cada vez mais os trabalhadores a ponto de eles nem enxergarem a própria escravidão”.
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Chapecó, Pablo Mucelini, destaca que a luta econômica não basta nem nunca bastará, e que é extremamente importante que os sindicatos travem a luta política, que disputem corações e mentes. “O capital nunca para de emanar ideologia de classe dominante: individualismo, concorrência, desumanização. Nós também não podemos parar de disputar os trabalhadores, de mostrar pra eles o caminho da cooperação, da compaixão, do bem-estar comum”, conclui.
Diante das condições favoráveis do governo Lula, o presidente do Sintaema, Leonardo Lacerda, acrescenta que esse é o momento para “fortalecermos o Governo Federal e a defesa dos trabalhadores e ampliar o diálogo com a sociedade e que, para tanto, será necessária muita unidade e discussão sobre como construir esse caminho”.
Silvia Rosso, vice-presidente da CTB e diretora executiva do Sindserpi, enaltece a união e solidariedade sindical no encontro e ressalta o compromisso conjunto dos sindicatos em continuar trabalhando juntos em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e da valorização do trabalho. “Nosso compromisso com a classe não está apenas no nome, nas cores, mas no trabalho diário para tornar o país um lugar mais justo e equitativo para os trabalhadores e toda a população, acrescenta.
SINDICATOS PARCEIROS
O seminário foi realizado em parceria com o Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Água, Esgoto e Meio Ambiente de SC (Sintaema), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico (Stimmme), Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado de SC (Seeac), Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Chapecó e região (Sitessch),Sindicato dos Professores do Oeste de SC (Sinproeste) e Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Transporte Intermunicipal de Passageiros (Sittracol) e contou com o apoio e participação de outros sindicatos de SC e RS, Sindicato dos Servidores Públicos de Içara e Balneário Rincão (Sindserpi)