O aumento da violência e o enfrentamento da letalidade policial na Bahia foi o centro do debate na audiência pública promovida pelo Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos, Defensoria Pública da Bahia e o Ministério Público Estadual (MPE-BA), que sediou o encontro.
A CTB Bahia participou com Jerônimo da Silva Júnior, Secretário de Combate ao Racismo e dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia. O dirigente destacou que a Central nasceu para lutar por melhores condições de vida e de trabalho para toda sociedade”, afirmou, apresentando várias propostas para que sejam implementadas.
O dirigente indicou a urgência de uso das câmeras nos fardamentos dos policiais. “É fundamental para diminuir a letalidade e inibir eventuais abusos de agentes da segurança pública, em abordagens inadequadas, onde os trabalhadores e as trabalhadoras são as maiores vítimas”, frisou.
Segundo o sindicalista, o sistema de Justiça está “capenga” na Bahia, confirmado por relatos. “Propomos que, em cada comarca, tenha uma Defensoria Pública, para que a população tenha pleno acesso à Justiça e ao direito de defesa justa. É um absurdo ter que se fazer rifa para pagar advogado na defesa de familiares. Nossa palavra de ordem é: “A CADA COMARCA, UMA DEFENSORIA”, destacou.
Jerônimo defendeu que haja o fim dos autos de resistências. “Todo homicídio decorrente de intervenção policial deve ser investigado como um homicídio. Só através de uma investigação completa, independente e imparcial será possível determinar o contexto de uma morte. Também propomos uma ouvidoria externa das polícias civil e militar”, enfatizou. Informações: CTB-BA.