Ao celebrar o 78° aniversário da Federação Sindical Mundial (FSM) cumpre ressaltar que vivemos um momento histórico em que emergem novos desafios para a classe trabalhadora, as nações e a humanidade. É um tempo de crises que sugere maior radicalidade à luta anti-imperialista e anticapitalista, em defesa da democracia, da valorização do trabalho e pelo direito à autodeterminação e desenvolvimento soberano dos povos e nações.
É notória também a crise geopolítica, que realça a necessidade de uma nova ordem mundial. Ao longo de sua história, a FSM desempenhou relevante papel na luta contra a opressão imperialista e em defesa dos direitos da classe trabalhadora, que hoje são alvo de uma feroz ofensiva capitalista em todo o globo.
Outra questão que reclama solução urgente é o agravamento da crise do meio ambiente, materializada na multiplicação e intensificação das tragédias naturais, que ceifaram milhares de vidas na Líbia e no Marrocos, e a elevação da temperatura do planeta. O respeito ao meio ambiente é um imperativo de sobrevivência para o ser humano.
Nas atuais condições, almejamos uma ordem mundial em que prevaleça a paz, da qual as armas nucleares devem ser banidas e eventuais conflitos de interesses internacionais solucionados à base do diálogo e da negociação.
Lutamos por uma nova ordem internacional em que as relações econômicas imperialistas, impostas pelas potências capitalistas em detrimento dos interesses das nações em desenvolvimento, sejam superadas, dando lugar a uma relação mais justa e cooperativa, com transferência de tecnologia e ganhos mútuos.
A experiência histórica indica que, além de vir ao encontro dos interesses da classe trabalhadora, a valorização do trabalho é uma preciosa fonte de desenvolvimento das nações ao propiciar o fortalecimento dos mercados internos e a elevação da intensidade e produtividade do trabalho.
Conclamamos a Federação Sindical Mundial e a classe trabalhadora à luta pela redução da jornada de trabalho, preservação e ampliação do Direito do Trabalho, proibição das demissões imotivadas, proteção contra os efeitos da automação e estabilidade no emprego. Nunca é demais lembrar que o trabalho cria o valor econômico e a riqueza das sociedades, embora esta seja apropriada e usufruída principalmente pelos donos dos meios de produção, os capitalistas.
Filiada à FSM, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil comemora o seu 78° aniversário reiterando a convicção de que, para fazer frente à grave crise econômica da nova ordem geopolítica é indispensável fortalecer os laços de unidade e solidariedade internacional. Defender o direito das nações à autodeterminação econômica e política e o desenvolvimento orientado para a valorização do trabalho, o pleno emprego e o bem estar social, a destruição do capitalismo e a conquista do socialismo, ideal supremo da classe trabalhadora.
Vida longa à FSM!
São Paulo, 3 de outubro de 2023
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Confira aqui, os vídeos do presidente da CTB, Adilson Araújo e do presidente da CTB-SP, Renê Vicente: https://youtu.be/bPhoNfYsQGI