Na tarde de terça-feira (05), a quadra do Sindicato dos Bancários foi palco de um evento significativo para a população de São Paulo: o lançamento do plebiscito contra a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. A iniciativa, que reuniu sindicatos, entidades sociais e cidadãos preocupados com o futuro dos serviços essenciais, visa alertar a sociedade sobre os riscos do projeto privatista do governador Tarcísio de Freitas e colher um milhão de assinaturas para pressionar contra a privatização.
Presidente do Sintaema alerta sobre os prejuízos da privatização
José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), enfatizou que a privatização proposta pelo governador Tarcísio de Freitas não atende aos interesses da população e dos trabalhadores. Ele destacou o papel social fundamental da Sabesp, uma empresa lucrativa que desempenha um importante papel como patrimônio de São Paulo.
Faggian ressaltou políticas como a tarifa social e o subsídio cruzado, que beneficiam comunidades vulneráveis e municípios que não geram lucros com o saneamento. A tarifa social, por exemplo, atende mais de 4.600 famílias na cidade de São Paulo, e o subsídio cruzado possibilita que a maioria dos municípios atendidos pela Sabesp tenha acesso aos serviços de saneamento.
“Quem mais será prejudicado com a privatização são os que dependem dos serviços essenciais, como transporte público, saúde e educação – ou seja, a classe trabalhadora. Precisamos alertar a população de São Paulo de que a privatização afeta a todos, e isso é nosso dever”, afirmou Faggian.
Plebiscito como ferramenta de resistência
O plebiscito contra a privatização será realizado de 5 de setembro a 4 de outubro, com o objetivo de coletar um milhão de assinaturas. Esse esforço visa pressionar o governador Tarcísio de Freitas a reconsiderar o projeto de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM. As urnas para a coleta de votos estarão disponíveis em estações de trem, metrô e locais públicos em toda a capital paulista.
União em prol da causa
O evento também contou com a participação de diversos líderes sindicais e sociais que compartilharam suas preocupações com a privatização. Helena Maria da Silva, vice-presidente do Sintaema, enfatizou a importância de unir esforços para impedir que Tarcísio privatize serviços tão fundamentais como a água e o transporte. “Hoje saímos daqui com a tarefa de colher votos contra a privatização de bens tão fundamentais, como é a água e o transporte. Não podemos deixar o Tarcisio privatizar esses serviços em São Paulo”, disse Helena Maria da Silva.
O presidente da CTB-SP ressaltou a importância do encontro. “Esse plebiscito tem como principal intuito dialogar com o povo do estado de São Paulo. Mostrar a importância desses serviços públicos. No caso da Sabesp, que prática a importante política do subsídio cruzado, que é uma socialização do saneamento, e que tende a acabar com a privatização”, disse Renê Vicente.
Claudete Alves, presidenta do Sindicato dos Educadores da Infância de São Paulo (Sedin), destacou que a luta contra as privatizações é uma tarefa que envolve todos os trabalhadores do estado. “Privatizar a água, Metrô e CPTM é acabar com a vida do povo de São Paulo. Juntos temos que fazer esse enfrentamento contra o bolsonarista Tarcísio e isso é uma tarefa de todos os trabalhadores do estados. Nós da CTB lutaremos forte contra essas privatizações. Fora Tarcisio!”, destacou Claudete Alves.
José Carlos, secretário-geral Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo e secretário de Imprensa e Comunicação da CTB-SP, alertou para os riscos que a privatização dos serviços pode trazer para os trabalhadores e a população, lembrando os problemas enfrentados após a privatização no Rio de Janeiro e declarou que, se a privatização ocorrer em São Paulo, haverá greve geral. “Estamos participando desse ato contra a privatização que o governo Tarcísio quer fazer com a CPTM e o Metrô. Vimos o que aconteceu no Rio de Janeiro que privatizaram e os serviços ficaram piores para os trabalhadores e a população. Portanto, se houver privatizações aqui em São Paulo, terá greve geral”, completou José Carlos.
O evento de lançamento do plebiscito deixou claro que a privatização dos serviços essenciais é uma preocupação que une diversos setores da sociedade, e a mobilização está em curso para proteger o interesse público e preservar o acesso da população a serviços de qualidade. O plebiscito se apresenta como uma ferramenta democrática para que os cidadãos expressem sua opinião sobre o futuro desses serviços vitais para São Paulo.
Com informações: SINTAEMA.