O reajuste do salário mínimo em 2023 ajudou a impulsionar o consumo das famílias e, por consequência, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, segundo a chefe do Departamento de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis.
Neste ano, conforme lembrou Palis, “tivemos dois aumentos, um em vigor em janeiro e outro também em maio”, o que contribuiu para a expansão da demanda interna.
O aumento do consumo, das famílias e do governo, explica o comportamento do PIB no segundo trimestre do ano, com um avanço de 0,9%, bem mais positivo do que o esperado, surpreendendo o mercado e provocando revisões para cima das expectativas e projeções de crescimento. O Goldman Sachs elevou a sua estimativa para 2023 de 2,65% para 3,25%.
A herança estatística que o período de abril a junho deixou para a economia brasileira neste ano foi de 3,1%. Isso significa que se a economia ficar parada na segunda metade do ano, no mesmo nível do segundo trimestre, a expansão em 2023 será de 3,1%.
Outros fatores que contribuíram positivamente na trajetória do PIB foram o aumento do valor do Bolsa Família e o programa federal de incentivos à compra de carros populares.
As estatísticas corroboram a ideia de que, ao contrário do que sustenta o neoliberalismo, a valorização do trabalho é uma fonte de crescimento econômico e desenvolvimento nacional.
Como diz o presidente Lula dinheiro no bolso do trabalhador não é problema, mas solução para a crise econômica. “O pouco dinheiro que é distribuído para muita gente vai gerar mais emprego, mais desenvolvimento, mais comércio, mais fábrica. E a economia vai crescer”, afirmou.