Celebrado no dia 29 de agosto, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica contribui para a luta pelos direitos das mulheres lésbicas. A busca é por respeito, dignidade e uma vida sem violência.
Dados mais recentes do 1º Lesbocenso Nacional, relativos a 2021 e 2022, mostram que 78% das mulheres lésbicas do Brasil relatam que já sofreram algum tipo de assédio ou violência. Recentemente, parlamentares do Congresso Nacional e de parlamentos estaduais e municipais denunciaram o recebimento de ameaças de “estupro corretivo” por e-mail.
Essa violência influenciou a escolha da data, definida na primeira edição do Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), em 1996. Não porque algum acontecimento negativo tenha ocorrido, mas, pelo alívio das participantes em conseguir abrir o seminário sem nenhuma intercorrência.
“Precisamos refletir sobre as mulheres lésbicas neste dia e em todo o ano, principalmente no mercado de trabalho e em relação aos seus direitos. Em sua grande maioria, elas estão aptas e qualificadas. Temos muitos avanços sociais e legais, e muitas conquistas. Mas, precisamos quebrar barreiras e preconceitos que fogem a estética hetonormativa. Sem falar do sexismo que se enfrenta diariamente. A CTB defende todas as trabalhadoras e vê a necessidade de se intensificar essas discussões nos locais de trabalho. O combate ao preconceito institucional deve ser desenvolvido todos os dias. As mulheres lésbicas são produtivas e proativas. A orientação sexual não mede sua capacidade laboral. Elas terão sempre o apoio do sindicalismo classista”, afirma Jhay Lopes, secretária de Políticas para Diversidade LGBTQIAPN+.
Com informações do Brasil de Fato e CTB-BA.