Nesta quinta-feira (24), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (SINTECT-SP) realizou uma assembleia que reuniu uma presença maciça de trabalhadores dos Correios do estado de São Paulo. A demonstração de força foi notável, deixando claro que, caso a proposta não seja aprimorada, a paralisação é uma possibilidade real. Paulo Saboia, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de São Paulo (CTB-SP) representou a Central na assembleia.
Sob a orientação da Diretoria do Sindicato, a assembleia rejeitou a proposta inicial apresentada pela empresa e aprovou o estado de greve. Essa decisão reflete a insatisfação dos trabalhadores com a oferta inicial e a disposição de lutar por melhores condições de trabalho.
O SINTECT-SP anunciou sua determinação em continuar mobilizando a categoria para a próxima assembleia. Durante esse período, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) terá a oportunidade de avaliar os resultados das assembleias em todo o país, retomar as negociações e fazer avanços na proposta de Acordo Coletivo de Trabalho.
Recuperando o que foi perdido
A situação atual da categoria é resultado das ações do governo anterior, que não apenas deixou de reajustar os salários, mas também eliminou 53 cláusulas do Acordo Coletivo. Enquanto líderes anteriores estavam envolvidos em atividades questionáveis, os trabalhadores foram deixados com bolsos vazios e a pressão intensa dos setores.
Isso marca a primeira negociação sob o novo governo e a nova diretoria da empresa. A situação é desafiadora, com trabalhadores enfrentando dificuldades financeiras devido ao aperto salarial e ao aumento das pressões de trabalho.
Os primeiros passos em direção à recuperação já estão sendo dados. A proposta da empresa contempla o retorno de 35 cláusulas que haviam sido retiradas da categoria, abrangendo tanto aspectos sociais quanto cláusulas com valores monetários, incluindo benefícios como o tíquete-peru.
Salários dignos e plano de saúde acessível
No entanto, os trabalhadores ainda buscam mais do que isso. Salários que correspondam à realidade econômica atual e um plano de saúde acessível são aspectos fundamentais das demandas. A categoria rejeitou a proposta porque a considera aquém das expectativas, especialmente no aspecto econômico. Acredita-se que a empresa tem a capacidade de apresentar uma oferta mais favorável.
União, pressão e luta
Até a próxima assembleia, a Diretoria do SINTECT-SP assume o papel de liderança, fornecendo informações, orientações e encorajando a mobilização da categoria. É crucial que cada trabalhador compreenda e assuma a importância de seu papel nesse processo, convencendo seus colegas a se unirem também.
Por meio da união e mobilização dos trabalhadores, a pressão sobre a empresa aumentará, levando-a a ceder às demandas. Esse é o caminho traçado para alcançar condições de trabalho mais justas e dignas.
A assembleia foi concluída com uma transmissão ao vivo, destacando o compromisso dos trabalhadores com suas reivindicações e sua disposição de lutar por seus direitos.
Informações: SINTECT-SP.