Em reunião com a direção da Caixa nesta quinta-feira (18), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), cobrou mais uma vez soluções efetivas para os problemas apresentados na mesa de negociação. Os trabalhadores continuam sofrendo com a cobrança de metas abusivas, a sobrecarga de trabalho e problemas nos sistemas do banco. Estas são questões que atrapalham o dia a dia da empresa e acaba adoecendo o bancário.
Os representantes dos bancários cobraram uma solução do banco para a questão das metas abusivas. Os empregados reclamam de ter que efetuar venda de produtos, como seguros e cartão, junto com a proposta de concessão de crédito. A prática de venda casada é proibida pela legislação além disso, em muitos casos, a agência não tem dotação orçamentária para efetuar a transação de crédito. Sem crédito, o cliente também não efetiva a aquisição dos produtos, mas a Caixa continua cobrando estas vendas do trabalhador.
Os empregados, e os clientes, sofrem ainda com os constantes “incidentes” em sistemas da Caixa, que admitiu que está fazendo “ajustes de configurações e correções sistêmicas” nos sistemas de pagamento instantâneo (PIX), automação de produtos/serviços (Sisag), operações imobiliárias (Siopi), risco de crédito (Siric) e gerenciador de atendimento (SIPNL).
A CEE ressaltou que os problemas vão muito além dos admitidos pelo banco. Reclamações recebidas pelos sindicatos dão conta de que o SSFGTS, Novonegocios, Siart, Siopi, Sifec, Ciweb ficaram inoperantes por dias seguidos, além de constantes “incidentes” no Siric, SIPNL, Sisag, SICTD, Cemoc, Sipon. A direção da Caixa precisa resolver estes problemas que atrapalham o trabalho dos empregados e o desempenho do banco.
Ao final da reunião, a CEE também cobrou negociação sobre o “Minha Trajetória”, que tem a mesma metodologia do antigo programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), que foi extinto pela atual gestão. A CEE cobra mudanças efetivas na política do banco, com valorização dos empregados e do papel social da Caixa.
“A direção da Caixa insiste em fazer apresentações gerais sem apontar propostas concretas para a solução dos problemas. Vamos precisar de muita mobilização da categoria para realmente construir uma gestão humanizada, o que não ocorreu até o momento,” ressaltou o secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que integra a CEE Caixa.
Informações: Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe.