Liderando várias campanhas salariais no estado, a FETIM (Federação dos Metalúrgicos da Bahia) denuncia a postura ruim dos patrões na mesa. Em nova negociação da Data Base 2023, realizada no dia 16, seguiu o impasse devido a insistência dos patrões em negar o que reivindica a categoria.
Segundo a FETIM, o patronato continua oferecendo um percentual de reajuste irrisório e insiste na retirada de direitos trabalhistas, conquistados na CCT há muitos anos. E segue com o discurso da crise no setor industrial para justificar a falta de respeito com a categoria. Mantém uma proposta distante da real necessidade dos metalúrgicos, que passa longe de outras propostas de Data Base, já fechadas pelo Brasil.
Os patrões do setor metalúrgico contrariam o levantamento do DIEESE, que mostra as negociações coletivas do primeiro semestre em quadro favorável, após longo período de perdas. O órgão mostra que a queda da inflação e a valorização do salário mínimo reacendem o cenário de boas negociações. Das 220 campanhas em junho, 85,9% resultaram em ganhos reais de salários.
De acordo com a Federação, isso faz cair por terra os argumentos patronais para oferecer propostas absurdas. Com o impasse, as partes vão buscar mediação da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) da Bahia. E, caso seja necessário, o Ministério Público do Trabalho também será acionado.
CONFIRA AS PROPOSTAS
Sindicato Patronal:
• Reajuste Salarial de 3% a partir de julho/2023 para os salários até R$ 9.000,00. Para os salários acima de R$ 9.000,00 reajustar pelo percentual equivalente a R$ 270,00;
• Não renovação das cláusulas do Triênio/Quinquênio, Parcela Rescisória Adicional e Rescisão Contratual do Aposentado;
• Acrescentar a cláusula para as empresas implantarem o registro de ponto via REP
Nossos sindicatos:
• Reajuste Salarial de 9%;
• Reajuste do Piso Salarial em 10% e mudança na CCT de 200 empregados para 100 empregados;
• Mantém as reivindicações sobre: Plano de Saúde, Homologação no Sindicato, Auxílio Assistencial para filhos excepcionais, Ultratividade das cláusulas da CCT e manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva com reajuste de 9% nas demais cláusulas de natureza econômicas
com informações da FETIM