“Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver” é o tema deste ano
Nesta terça-feira (15), as atividades da 7ª Marcha das Margaridas, iniciaram-se em Brasília, e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), está presente com delegações de diversos estados. O encontro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (CONTAG), associações, sindicatos afiliados e 16 instituições colaboradoras, acontece a cada quatro anos eo tema da edição de 2023 é: “Pela reestruturação do Brasil e pelo bem viver”.
CTB participa de homenagem no Senado
Pela manhã, o Senado fez uma sessão em homenagem à Marcha das Margaridas. O senador Beto Faro (PT-PA) ressaltou que a marcha deste ano vai recordar os 40 anos do assassinato da sindicalista Margarida Alves.
Reunião com o ministério das Mulheres
Durante a tarde, houve uma reunião das centrais com o ministério das Mulheres para tratarem da Convenção 156, e a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas, esteve presente representando a central.
A Convenção 156 da OIT, intitulada “Igualdade de Oportunidades e de Tratamento para Homens e Mulheres”, foi criada em 1981 para enfrentar a discriminação no local de trabalho ligada às responsabilidades familiares. Ela se aplica a homens e mulheres com dependentes, cujas obrigações familiares afetam o trabalho. Seu objetivo principal é eliminar a exclusão de trabalhadores que lidam com conflitos entre responsabilidades familiares e carreiras, garantindo que tais demandas não impeçam o emprego pleno e o avanço profissional.
CTB contribuí na gira de conversas e oficinas temáticas
Ainda no período da tarde, houve na tenda externa, uma Gira de Conversa – as dimensões e repercussões da violência e suas formas de enfrentamento pelas mulheres do campo, da floresta e das águas, que proporcionou um espaço vital para a análise aprofundada das dimensões complexas e das amplas repercussões que a violência assume nas vidas das mulheres do campo, da floresta e das águas. “Precisamos cuidar de quem cuida. Lutar por políticas públicas que reconheçam as mulheres que ficam por conta do trabalho do cuidado da família. As mulheres são as que mais abrem mão de suas profissões para ficar por conta do cuidado. Essa realidade dificulta o rompimento do ciclo de violência”, disse Valéria Morato, presidente da CTB-MG.
Aline Maier, secretária Adjunta de Políticas Para a Juventude Trabalhadora, falou da CTB na oficina da juventude “Semeando bem viver e cultivando a sucessão rural”.
“A juventude rural segue semeando bem viver e cultivando a sucessão rural, dentro da Marcha das Margaridas e no Movimento Sindical como um todo. Para a CTB isso é fortalecedor! A construção da Pauta do Festival da Juventude e da Marcha das Margaridas, passou pelas mãos de muitos(as) jovens, e agora nosso papel é continuar buscando respostas para que o jovem permaneça no campo, se assim ele desejar, com qualidade de vida”, disse Aline.
Abertura oficial da Marcha das Margaridas
A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas, também fez uma intervenção na abertura oficial da Marcha, que aconteceu na noite desta terça-feira. “Nós construímos com muito afeto e com muita seriedade essa marcha. Penso que poderíamos lembrar de como nós construímos a marcha de 2019, vocês sabem quem era o presidente deste Brasil, e mesmo com todas as adversidades, construímos uma das maiores mobilizações com esperança, acreditando na luta. Mas esse ano é uma marcha diferente, porque nós temos esperança de conquistar um Brasil melhor, sem violência, para homens e mulheres na democracia e soberania. E, parafraseando a frase de Cora Carolina, eu afirmo que “somos aquelas mulheres a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar as palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos e ser otimista. Viva a luta das mulheres!”, disse Celina.
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