Nesta sexta-feira (11), é comemorado o dia do estudante, e entidades estudantis foram às ruas em diversas cidades brasileiras para pedir melhorias na educação básica até a pós-graduação. As principais reivindicações são a revogação do Novo Ensino Médio, mais assistência estudantil para todas as etapas de ensino, direitos previdenciários para os mestrandos e doutorandos, além da defesa do orçamento da educação.
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esteve presente no ato, e foi representada pelo vice-presidente, Ubiraci Dantas (Bira). “Em nome dos trabalhadores, a CTB vem aqui saudar essa luta maravilhosa, que há muitos anos a UMES, a UBES, UNE e ANPG vem travando, então parabenizamos vocês por essa luta incansável”, disse Bira.
A mobilização nacional é convocada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). “A gente vai às ruas pela garantia dos direitos dos estudantes”, diz a presidenta da UNE, Manuella Mirella. O presidente da ANPG, Vinícius Soares, acrescenta: “O dia 11 é o Dia do Estudante, então, historicamente as entidades estudantis convocam as jornadas de lutas em defesa da educação”.
Neste ano, o foco principal é o Novo Ensino Médio, que está sendo amplamente discutido. As organizações estudantis estão solicitando a revogação da Lei 13.415/2017, que introduziu o novo formato para essa etapa educacional. No ano anterior, as instituições de ensino deram início à implementação dos novos planos de estudo. O ensino médio agora inclui uma parcela de currículo compartilhado, determinada pela Base Nacional Comum Curricular, que estipula o mínimo de conhecimento acessível a todos os alunos. Na outra parte do currículo, os estudantes têm a liberdade de selecionar percursos educativos de acordo com as ofertas disponíveis em cada rede de ensino.
Desigualdade
Um dos pontos levantados pelos alunos é que o sistema resulta em considerável disparidade, especialmente entre instituições públicas e particulares. Isso ocorre porque a parcela compartilhada se mostra inadequada para garantir, por exemplo, a entrada dos estudantes em uma universidade. Uma formação abrangente exigiria a exploração mais profunda dos percursos educativos, os quais, por sua vez, são influenciados pelas circunstâncias e recursos de cada região.
Com informações: Agência Brasil.