O Sindicato dos Bancários de Sergipe planeja reforçar ações para combater preconceitos e defender as diversidades
O presidente da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhones), Marcelo Lima fez visita de cortesia ao Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), nessa quarta-feira (9/8). Marcelo Lima convidou a direção do SEEB/SE para participar do Chá Cultural no Teatro Atheneu, em comemoração aos 20 anos da Adhones, que acontecerá no dia 25 de agosto, às 19h30.
Recepcionado pela presidenta do SEEB/SE, Ivânia Pereira, Marcelo e a sindicalista conversaram longamente sobre a necessidade do fortalecimento de políticas de combate ao preconceito, ao fim da discriminação de pessoas LGBTQIA+ na defesa do respeito à identidade de gênero e das orientações sexuais das pessoas. Ativista veterano da causa LGBTQIA+, pedagogo e graduado em jornalismo, recentemente Marcelo Lima concluiu uma especialização em Gênero e Sexualidade na Educação.
De acordo Ivânia Pereira, Marcelo Lima retornará ao sindicato para apresentar à Diretoria Executiva Ampliada do SEEB/SE dados, ideias e propostas conjuntas sobre questões relativas ao respeito à diversidade e ao combate a toda forma de discriminação relacionada à comunidade LGBTQIA+.
LGBTQIA+, Bancários (as) e Fenaban
Ivânia Pereira contou a Marcelo Lima que o movimento nacional da categoria bancária estimula federações e sindicatos a organizarem coletivos para pautas específicas da sociedade civil organizada, como por exemplo os de trabalhadores e trabalhadoras com deficiência (PcDs) e LGBTQIAP+.
“O fim da discriminação de pessoas LGBTQIA+ no setor bancário e as formas de sua plena integração no ambiente profissional foram temas tratados na mesa de negociações sobre Igualdade de Oportunidades, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na nossa Campanha de 2022. Nessa mesa, apresentamos as demandas da categoria para eliminar desigualdades no local de trabalho, em busca da equidade em todos os segmentos”, destacou Ivânia Pereira.
Ivânia Pereira ressaltou que, “em Sergipe, o nosso sindicato mantém protagonismo com relação às políticas sociais e queremos dar atenção mais assertiva. Já avançamos com criação de secretarias da Juventude e da Mulher. As demandas específicas ligadas aos trabalhadores e trabalhadoras com deficiência e da comunidade LBGTQIAP+, por exemplo, estamos atentos nessas pautas específicas. Nas mesas de negociações com os bancos, precisamos fortalecer os debates também relativos aos segmentos como PcDs, mulheres e LGBTQIAP+.
Ao longo dos últimos anos, na luta por maior reconhecimento de gênero e diversidade sexual, hoje a sigla LGBTQIAP+ foi ampliada para melhor representar as pessoas que de alguma forma não se identificam com a heterossexualidade ou com o conceito de que só existem dois gêneros (masculino e feminino).
A antiga bandeira da comunidade, com as cores do arco-íris, também recebeu mais cores. Foi atualizada assim com as letras da sigla LGBTQIAP+, com o mesmo objetivo de diversidade e inclusão.
Apoiar a luta LGBTQIAP+ é necessário. Apesar de leis e políticas públicas de combate à homofobia, a comunidade LGBTQIAP+ sofre com preconceito, exclusão, violação de direitos e dificuldade de acesso à educação e ao mercado de trabalho dia após dia.
A LGBTfobia, também referida como homofobia, é a discriminação, aversão, ódio ou ato de agressão, pela crença preconceituosa de inferioridade das pessoas LGBTQIAP+ em relação à chamada heteronormatividade, ou a forma de pensar que marginaliza os relacionamentos afetivos que não sejam heterossexuais.
Quer entender o que significa cada letra de LGBTQIAP+. Veja abaixo:
Lésbica: mulheres que são romanticamente ou sexualmente atraídas por outras mulheres.
Gay: homens que sentem atração romântica ou sexual por outros homens (também pode ser usado para falar de todas as pessoas homossexuais, independentemente do gênero).
Bissexual: pessoa que sente atração romântica ou sexual por mais de um gênero.
Transgênero, Travesti e Transexuais: pessoas cuja expressão ou identidade de gênero é diferente do sexo biológico que foi atribuído no nascimento.
Queer: termo que indica qualquer pessoa que não é heterossexual ou cuja sexualidade ou identidade de gênero muda com o tempo. Além disso, pode significar “questionando”, ou seja, alguém que está explorando sua sexualidade ou gênero.
Intersexual: pessoa que nasceu com características sexuais (como genitais ou cromossomos) que não se enquadram nas categorias binárias masculinas ou femininas.
Assexual: quem sente pouca ou nenhuma atração sexual por outras pessoas.
Pansexual: pessoas que se sentem atraídas por todos os gêneros; tem quem não coloque a letra P na sigla por entender que essa classificação já está contemplada pelo “B” de bissexuais.
+: o sinal de mais está aqui para indicar que a comunidade inclui mais expressões de gênero e de sexualidade, como o arromantismo (não ter desejo de viver um romance) e o poliamor (cultivar vários relacionamentos amorosos ao mesmo tempo).
Por Déa Jacobia da ASCOM do SEEB/SE