Governo Lula contribuiu para o resultado positivo ao garantir aumento real do salário mínimo e reduzir preços dos combustíveis
Das categorias com data-base em junho, analisadas pelo DIEESE até o dia 9 de julho, 85,9% conquistaram aumentos reais nos salários, ou seja, reajustes superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
Outras 12,3% alcançaram reajustes iguais a esse índice de preços, e apenas 1,8% não conseguiram recompor as perdas inflacionárias. Ao atualizar as informações do seu “Medidor”, o órgão também notou um crescimento no percentual de negociações com aumento real em maio desse ano, que agora chega a 91,4% do total daquela data-base.
Isto consolida para este ano a prevalência de um cenário positivo para as negociações coletivas, ao contrário do que ocorreu durante o governo Bolsonaro, marcado por forte arrocho dos salários.
Isto tem muito a ver com o governo Lula. “É possível que o novo reajuste do salário mínimo, concedido em maio, tenha influenciado positivamente o resultado das negociações nas últimas duas datas-bases, acentuando tendência positiva que vem desde o final do ano passado”, salientaram os técnicos do Dieese.
Outros fatores que ajudam a explicar o novo cenário das negociações são o aumento da oferta de trabalho e a redução da inflação, em boa medida decorrente da abolição da política de paridade internacional de preços dos combustíveis imposta pela antiga direção bolsonarista da Petrobras, que foi substituída por Lula.