Com a presença de servidoras e servidores públicos, dirigentes e membros de entidades sindicais e sociais, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi palco do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio e dos Serviços e Servidores Públicos, realizado nesta terça (20).
A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), participou do lançamento e reiterou sua contribuição na luta histórica do Sindicato em defesa não só dos trabalhadores e trabalhadoras da água, esgoto e meio ambiente, mas também do conjunto dos servidores públicos. “Essa Frente será um grande instrumento de luta e de resistência do conjunto dos servidores de todo o Estado de São Paulo, um braço importante contra a sanha privatista do governador Tarcísio de Freitas”, destacou o presidente do Sintaema, José Faggian
Durante a sua fala, Faggian frisou que “a batalha que é travada hoje é contra uma lógica egoísta, que muitos chamam por aí de empreendedora e eficiente, mas que nada mais é do que uma política de desmonte e de ataque a direitos e serviços que atuam para minimizar desigualdades e garantir o mínimo para milhões de brasileiros e brasileiras”.
Na mesma linha, o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e e presidente da CTB-SP, Rene Vicente, lembrou que o projeto político aprovado, em 2022, pela maioria da população de São Paulo segue uma lógica perversa. “A batalha em curso da central é denunciar esse projeto, esclarecer para a população paulista a falácia que o grupo de Tarcísio espalha por aí: no Brasil os serviços públicos são inchados e cheio de privilégios. Isso é mentira. Sem os serviços públicos, sem o SUS e a Sabesp, por exemplo, nosso povo sofreria no abandono e condenado à morte e a uma vida sem saneamento”, alertou.
Vale destacar que hoje, no Brasil, existem 940 mil servidores e servidoras que atuam no âmbito federal, 3,45 milhões no âmbito estadual e 6,5 milhões no âmbito municipal, ou seja, mais são mais de 10 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, o que significa cerca de 12% de todos os postos de serviço no país.
Para termos uma ideia de que esses números ainda são insuficientes, em países ditos desenvolvidos e que figuram na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) o número de servidores proporcional ao número da população é muito maior: Canadá, os servidores públicos ocupam 22% de todos os postos de serviço no país; na Suécia, eles ocupam 29,9%; na Dinamarca, 35%. E até nos EUA, que é considerado um símbolo do pensamento neoliberal, os servidores públicos ocupam 16% de todos os postos de serviço no país.
Unidade e luta contra a sanha privatista
Os dirigentes ainda destacaram em suas falas que São Paulo está diante de uma onda de desmonte em todos os setores dos serviços públicos e vale destacar que, enquanto o governador importado propõe vender tudo – a Sabesp, Metrô, CPTM, EMAE, entre outros -, países como EUA, França, Inglaterra e Espanha reestatizam esses mesmos serviços. Por que será? Porque a lógica do lucro se comprovou ser a melhor receita para potencializar as desigualdades, aumenta a insegurança, inclusive no que se refere à saúde da população.
“A lógica de que os serviços devam ser diminuídos e serem baseados no lucro é totalmente equivocada, ele precisa ser visto como um braço essencial para atender as demandas de todos e todas, sobretudo dos que mais precisam. Por isso, em quase 50 anos de luta, o Sintaema para defender que o patrimônio e os serviços e servidores públicos sejam protegidos, fortalecidos e valorizados”, finalizou o presidente do Sintaema.
Juntos na luta contra as privatizações e em defesa dos serviços e dos servidores públicos!
Informações: SINTAEMA