No Brasil inteiro, os funcionários do Banco do Brasil que atuam como caixa, estão unidos por valorização profissional. Atividade essencial ao setor financeiro, os caixas da instituição financeira trabalham sobrecarregados, com desvio de função e acúmulo de tarefas. Para chamar a atenção da empresa e da sociedade, os bancários realizaram protestos nesta quarta-feira (21), em todo o país. Em Salvador, as manifestações aconteceram em diversas agências. O ponto alto foi no Iguatemi.
Os caixas são responsáveis pelo atendimento de todos os clientes, desde os mais carentes até idosos. A expectativa entre todos é de que a nova direção do BB, que tem Tarciana Medeiros na presidência, retome a mesa de negociação para debater a situação. “O Banco do Brasil precisa dar exemplo”, destacou Augusto Vasconcelos.
A situação é preocupante. Há casos, inclusive, de profissionais que não conseguem carregar os filhos por conta do trabalho repetitivo. Além do sofrimento físico, enfrentam a depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout.
O diretor Jurídico do Sindicato, Fábio Ledo, integrante da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do BB), reforçou que o assunto está na pauta de reivindicações. A empresa precisa acabar com o desvio de função, a cobrança de metas abusivas e o assédio.
Outro problema é a redução do quadro de pessoas que atuam como caixas e o encaminhamento dos clientes para o autoatendimento. “O trabalho humano não pode ser substituído por máquinas. O cidadão tem o direito ao atendimento humanizado”, destacou a secretária-geral do Sindicato, Jussara Barbosa.
O movimento, no entanto, não acontece apenas no BB. Em geral, os bancos tentam acabar com a função e desviam os funcionários para outras atividades, como de vendas. Tudo para lucrar mais.
Informações: Bancários-BA.
