Mobilizados pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aparecida-PB (SISMAP) e com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal na Paraíba (FETRAM), dezenas de professores saíram as ruas nesta quarta-feira (14), protestando contra a retirada da gratificação de incentivo à Docência (GEAD), no percentual de 25% da categoria. Os manifestantes se concentraram na igreja e saíram em caminhada pelas principais ruas da cidade, sendo realizado um ato público em frente a Prefeitura e Câmara Municipal, denunciado a situação.
A retirada foi feita pelo Prefeito João Neto (PL), e os 5 vereadores que o apoiam na Câmara Municipal, que são: Damião de Dona Rita, Judivan (Miúdo), João Pereira, Ronaldo Mourão e Mayara Figueiredo, presidente da Câmara Municipal. Já os vereadores que defenderam a manutenção da GEAD de 25% foram: Isabela Garcia, Antônio de Dona Rita, Valdete Batista e o professor Felipe de Viola, que não se acovardaram e defenderam a categoria do golpe orquestrado pelo prefeito.
Para a presidente do SISMAP, Alixandrina França, o objetivo da manifestação foi atingido, pois era justamente denunciar o descaso da gestão para com a educação e o golpe sofrido pelos professores. “O prefeito João Neto dizia nos quatro cantos do município que não iria retirar direitos dos servidores e dos professores, mas o que ele fez foi mandar um projeto de lei para a Câmara, sem conhecimento do Sindicato, sem conhecimento sequer dos vereadores da oposição, retirando a nossa gratificação. Isso é pura covardia com uma classe que vem levando nas costas a educação no Município”, disse a líder sindical.
O professor Francisco fez uma fala, fazendo uma retrospectiva da luta do magistério no Município e da contradição do atual gestor. “Um ex sindicalista, casado com uma presidente de sindicato (STR) que nega o direito dos professores. Sindicalista esse que esteve aqui, quando retiraram a GEAD antes e se comprometeu a não negar direitos de nenhuma categoria e, no entanto, está fazendo tudo ao contrário”, desabafou o mesmo.
A presidente da FETRAM, Alcicleide Lacerda, presente na mobilização, colocou a importância de se fazer a luta pela manutenção e ampliação dos direitos, se contrapondo a qualquer retirada. “Direitos tem que ser a mais. Mas em Aparecida um prefeito que se dizia defensor dos professores tem uma prática terrível, retirando a GEAD, uma conquista da categoria”, disse a mesma.
O vice-presidente da FETRAM no sertão e alto sertão, Ronildo Oliveira, enfatizou que a gestão tem dinheiro e que receberam de FUNDEB de janeiro até junho, praticamente 5 milhões. “Eu fiz o levantamento. Eu tenho os dados. Eu tenho os valores e a gestão não mantém a GEAD por pura perseguição e mesquinhez com o magistério público municipal”, destacou Oliveira.
O Diretor de Formação da CTB-PB, Frei Fábio, denunciou o descaso da Prefeitura com a educação e os professores. “Hoje estamos assistindo essa vergonha em Aparecida. Vergonha praticada pelo prefeito e a maioria dos vereadores, que não tem compromisso com os servidores e o povo”, criticou o Frei.
Raimunda Melo, presidente do Sindicato dos Servidores de Santa Cruz, Município que também não deu aumento e está atrasando salários dos servidores, puxou a palavra de ordem: Professores nas ruas, João Neto a culpa é sua.
Estiveram ainda presentes, representando a CTB-PB e FETRAM, os diretores Antônio Formiga (Sousa) e a professora Socorro Rodrigues (Patos).
O vice-presidente da CTB-PB, Sindicalista e vereador (Patos), Zé Gonçalves, por motivo de saúde, não teve como participar da mobilização, mas mandou mensagem, incentivando a luta da categoria no Município. “A única alternativa para os trabalhadores é a luta. Aqueles que se dizem sindicalistas e defensores do povo e quando assumem o poder os traem, deu início a sua sepultura política. É o caso do atual prefeito de Aparecida, João Neto”, disse o experiente Sindicalista.
O SISMAP continuará a mobilização junto a base, pais de alunos e o povo em geral, denunciando as injustiças da atual gestão, como também acionará a justiça para reparar esse dano aos professores.
Informações: CTB-PB.