A partir desta sexta (16), terá início uma Jornada de Mobilização contra a Política Monetária do Banco Central pela redução da taxa básica de juros, conhecida como Selic, que hoje se encontra em 13,75%. Aquela que influencia até no preço do sal que o trabalhador consome em casa e uma das grandes causas do grande cenário de dificuldade para geração de mais empregos.
O MAB (Movimentos dos Atingidos por Barragem) realizará um tuitaço, nesta sexta (16), pedindo a saída de Campos Neto da presidência do Banco Central, alertando: “Juros altos significam mais dívidas, menos empregos, menos habitação e menos comida no prato”.
A ação terá âmbito nacional e ocorrerá nas redes e nas ruas, com atos tanto sexta (16), primeiro dia da Jornada, quanto no dia 20, data em que o Comitê de Política Monetário do Banco Central (Copom) se reunirá para definir qual será a taxa de juros referencial praticada no país.
Ainda dentro da agenda de ação, na próxima segunda (19), será realizado mais um grande tuitaço como forma de dizer a Campos Neto que o país não aguenta mais a taxa de juros em 13,75%. A jornada prossegue até o dia 2 de julho, no entanto a mobilização é permanente até que essa política seja revista e os juros caiam.
Entenda o que você tem a ver com a taxa de juros:
1 – Ela aumenta as dívidas dos brasileiros
Quem tem dívidas a pagar é penalizado com o abuso de cobrança de juros, já que a Selic é a taxa de referência para o sistema financeiro. Ou seja, quanto mais alta a taxa definida pelo Banco Central, mais as instituições financeiras aumentarão os juros praticados em linhas de crédito, como financiamentos, empréstimos, cartão de crédito, até mesmo as prestações da casa própria.
2 – Endividamento
Com taxas tão abusivas – uma das mais altas do mundo – o Brasil bateu recorde em 2022, de brasileiros endividados. Isso porque, os cidadãos não estão conseguindo pagar suas contas e continuarão tendo dificuldades caso a taxa não diminua.
Ou seja, isso gera menos dinheiro para o consumo, menos produção e menos empregos.
3 – A renegociação das dívidas torna-se impraticáveis
Com juros altos, a possibilidade de negociação e o parcelamento de dívidas tornam-se impossíveis. Não esqueçamos que a grande maioria da população perdeu, nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o poder de compra graças ao fim da política de valorização do salário, entre muitos outros ataques. Com a renda apertada para o orçamento doméstico o que sobra para esse trabalhador e trabalhadora é garantir apenas suas necessidades básicas, como moradia e alimentação, por exemplo.
4 – Desemprego
Juros altos geram desemprego. Como já citado, se não há emprego, não há renda e sem renda, o trabalhador deixa de comprar, com isso a produção para e os cortes de postos de trabalho explodem.
Desta forma a economia não roda e o país acaba caminhando para a recessão.
Informações: Sintaema.