Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (Sindsaúde-BA), Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB–Sindicato), Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (Sindsefaz), e outros sindicatos que formam a Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado da Bahia (FESPEBAHIA), se reuniram no Planserv com a Coordenadora Socorro Brito e sua equipe na manhã desta segunda-feira (29). Os servidores públicos buscaram entender quais as dificuldades que estão levando os servidores a uma tensão por falta de assistência, na capital e no interior. O Planserv é um amplo sistema de assistência à saúde, subsidiado, que o Estado coloca à disposição dos servidores.
Os sindicalistas fizeram várias provocações em defesa dos trabalhadores e familiares dependentes do plano de saúde. Os dirigentes destacaram as regiões campeãs em reclamações junto às entidades: Extremo-Sul, Sul, Oeste, Centro-Leste, Sudoeste, Norte, Centro-Norte.
A reunião tratou do credenciamento e descredenciamento; cotas; tabela de procedimentos; ampliação do rol de procedimentos e os custos quando se trata de procedimentos nos hospitais, clínicas, laboratórios e com profissionais médicos, na capital e no interior; dificuldades para atendimentos que, ultimamente, também atinge beneficiários da capital; limitação com a chamada “COTA”; e cobranças que estão existindo por parte dos profissionais médicos, a título de complementação, alegando os valores muito baixo dos procedimentos.
“Debatemos a necessidade de uma comunicação mais rápida entre o Planserv, beneficiários e servidores(as) estaduais, para que as informações corretas cheguem primeiro do que as fakes News. Alguns dados foram apresentados e precisam chegar aos servidores. A nossa luta é contínua e não descansaremos até que se resolva esta novela. Mesmo com novos credenciamentos, ainda há uma significativa desassistência no interior e principais polos. A tabela precisa ser revista, contemplando valores de procedimentos que são muito baixos. O caminho é longo, mas não podemos deixar o Planserv acabar. É a única coisa boa que temos do Estado e, por isso, vamos exigir melhorias para os servidores”, disse Ivanilda Brito, presidenta do Sindsaúde Bahia.
De acordo com a sindicalista, a proposta é fortalecer o plano. “Os sindicatos cobrarão do governo o compromisso de aumentar o repasse, como era antes da retirada de 2%. Hoje, o Planserv só recebe 2% e o percentual anterior, antes da reforma administrativa do governo Rui Costa era de 4%. Mesmo o governador Jerônimo Rodrigues fazendo uma reposição de 0,5%, não atende a necessidade do plano. Para nós, o ideal é a reposição completa de mais 1,5%, para fechar os 4% retirados no governo anterior”, explicou.
Documento
Na reunião, foi elaborado um documento com os pontos discutidos, que será encaminhado ao Secretário da Administração (SAEB), Edelvino Góes, e ao governador. Na época, o governo alegou que a medida tinha o objetivo de economizar R$ 200 milhões por ano nas transferências ao Planserv. Mas, isso trouxe prejuízo aos beneficiários, principalmente, do interior, gerando muitas reclamações. O Planserv atende quase 500 mil pessoas.
“Essa reunião foi mais um passo na busca de soluções que melhorem a prestação de serviço do Planserv. “Todos os sindicatos devem cobrar de forma mais enérgica que o governo regularize essa situação. Os atendimentos estão deficientes. E, mesmo assim, somos obrigados a engolir um reajuste no valor. O Planserv é dos servidores. Pagamos e não estamos sendo atendidos como deveríamos. Vamos cobrar com mais força do governo. E estamos nos unindo para isto”, disse Ivanilda.
O coordenador geral da APLB, professor Rui Oliveira, afirmou que “a FESPEBAHIA vai firmar o compromisso com os servidores na busca de uma solução urgente, especialmente para o interior, que está sofrendo sem assistência alguma”.
Informações: Fespebahia