Trabalhadores em greve são hostilizados por militares no Amazonas

A recepção preparada pela Assembleia Legislativa do Estado aos trabalhadores da educação em greve no Amazonas, nesta quinta-feira (25), foi bem diferente. Os servidores foram recepcionados pela tropa da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e pela tropa de Choque da Polícia Militar. “Somos trabalhadores. Não bandidos”, diziam os grevistas.


“É esse o governo do diálogo? Para quê polícia? Estamos apenas buscando o cumprimento da Lei. A Polícia serve para quem descumpre a lei. E quem descumpre a lei não somos nós. A data-base é lei desde 2013”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

Mesmo com a insistência da categoria em manter o diálogo, o Governo nega qualquer conversa até que os trabalhadores suspendam a greve. “Eles apostam na nossa desmobilização. Com isso, reconhecem nossa força. A paralisação em 53 municípios é inédita e está incomodando”, afirmou a presidente. Ela se reuniu, hoje, com os deputados Cabo Maciel, Joana Darc e Wilker Barreto que continuam na tentativa de retomar a mesa de negociação.

A sede do Governo, no bairro Compensa, também amanheceu cercada de viaturas da Polícia Militar, além de barreira para impedir a concentração de pessoas na avenida Brasil e carros-guincho.

Os trabalhadores da educação – merendeiras, vigias, auxiliares administrativos e de serviços gerais, professores e pedagogos – estão em greve desde o dia 17 de maio e reivindicam 25% de reajuste salarial, previsto em lei e que está atrasado desde o ano passado.

Eles também querem o reajuste do vale-alimentação e do auxílio-localidade, além do plano de saúde para aposentados e o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço.

A data-base dos servidores da Seduc é no dia 1° de maio de cada ano, de acordo com a Lei 3.951 de 4 de novembro de 2013.

Informações: SINTEAM