Hoje é um dia muito importante para a luta das pessoas LGBTQIA+, definido como dia internacional à homofobia, à transfobia e à bifobia, a data remete ao dia em que, no ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do seu catálogo de distúrbios mentais.
De lá para cá, muita coisa já aconteceu. Após 28 anos, a transexualidade também foi retirada da lista de patologias da OMS, alguns direitos civis – como o casamento igualitário, por exemplo – foram conquistados pela população LGBTQIA+ no Brasil, mas a verdade é que ainda temos muito a avançar, tanto no mercado de trabalho, quanto dentro do próprio meio sindical.
Segundo o Levantamento Destemindo Preconceitos, da Consultoria Santo Caos, 38% das empresas brasileiras possuem alguma restrição para contratação de homossexuais e 65% dos LGBTQIA+ entrevistados já sofreram alguma discriminação dentro do mercado de trabalho, esse índice sobe para 72% e 86%, respectivamente no caso de pessoas bissexuais e trans. A homofobia acaba afetando diretamente a renda desses trabalhadores e trabalhadora que tem salários mais baixos e maior rotatividade no mercado de trabalho.
Quanto às pessoas trans, os dados são ainda piores. Segundo a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), apenas 4% das pessoas transexuais possuem emprego formal, só 6% possuem emprego informal e cerca de 90% trabalham com prostituição.
O movimento sindical precisa abraçar as bandeiras da empregabilidade e dos direitos para pessoas LGBTQIA+. A construção de comitês da diversidade nos ambientes de trabalho, garantia de salário igual para trabalho igual e o combate ao assédio moral e à LGBTQIA+fobia no mercado de trabalho precisa estar presente no dia a dia das entidades.
Incentivar a participação LGBTQIA+ no movimento sindical e transformar os Sindicatos em ambientes mais acolhedores aos segmentos é um passo importante para materializar a luta por empregos e direitos para o segmento.
A CTB assume o compromisso com essa luta! O combate a LGBTQIA+fobia em todos os espaços e transformação dos sindicatos e do movimento sindical em espaços mais acolhedores para a população LGBTQIA+ são compromissos da nossa central!
CTB, a luta contra a LGBTQIA+fobia é pra valer!
*José Medeiros, Jornalista da CTB-RJ